Resultado das eleições gera preocupações


A vitória do socialista François Hollande na eleição presidencial da França, bem como o resultado das eleições legislativas na Grécia, tiveram um impacto negativo nos mercados financeiros. Nesta segunda-feira, a Bolsa de Paris registrou uma queda de 1,38%, enquanto a de Frankfurt caiu 2,16%. Também abriram em baixa as bolsas de Londres (1,93%), de Madrid (1,92%), e de Milão (1,86%).



Na opinião de analistas econômicos, o fato da segunda maior economia da Europa ter elegido um presidente socialista e da União Europeia reunir 27 países, dos quais 22 são comandados por líderes conservadores ou de centro, gerou incertezas nos mercados.



Segundo esses analistas, o desafio do novo presidente francês será mostrar para a Europa e o mundo que sua eleição não é uma ameaça à estabilidade, mas a busca pelo fim do agravamento da crise econômica internacional. Hollande deverá tomar posse do cargo no próximo dia 15 de maio.



Já os resultados das eleições na Grécia colocaram em minoria as atuais forças políticas, o partido socialista Pasok e a Nova Democracia, de direita. Ambos garantiram apenas 149 dos 300 lugares, dificultando assim a formação de um novo governo de coalizão.



Nos últimos meses, a Grécia enfrentou várias manifestações contra o governo e o pacote de austeridade, que inclui demissões, cortes de benefícios concedidos aos funcionários públicos e aumento de impostos. 



Reação Alemã



A vitória de Hollande na França é comentada de forma mista na imprensa alemã. Por um lado, muitas publicações mencionam a relação especial entre Berlim e Paris. Por outro lado, há a preocupação com o futuro da austeridade na Europa.



Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que receberá o novo presidente francês "de braços abertos" e que ambos "trabalharão bem e intensamente juntos". Ainda, Merkel ressaltou que o pacto fiscal da União Europeia não terá renegociação.



Em relação à Grécia, a chanceler alemã disse que era importante que o país continuasse com os programas de resgate acertados.



* Com informações da Agência Brasil

CCommons/ jmayrault
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