Após uma série de impasses os líderes europeus finalmente chegaram a um consenso sobre a criação de um segundo pacote de resgate à dívida grega. Em uma cúpula extraordinária em Bruxelas, os dirigentes aprovaram, nesta quinta-feira (21), um programa de socorro no valor de € 159 bilhões para salvar o país de uma falência.
Deste total, € 109 bilhões serão financiados por recursos da própria União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Os credores privados contribuirão com € 37 bilhões ao perdoar a dívida adquirida pela Grécia no primeiro pacote de resgate. Os € 12,6 bilhões restantes serão recomprados pela UE em títulos da dívida.
“Nós teremos uma contribuição voluntária dos credores, como desejávamos”, comemorou a chanceler alemã Angela Merkel. A participação de instituições financeiras era, na opinião do governo alemão, essencial para evitar que a crise se espalhasse para outros países do bloco.
A cúpula aprovou, ainda, a redução dos juros cobrados nos empréstimos de 5,5% para 3,5% ao ano e prolongou o prazo para quitação da dívida de 7,5 anos para um mínimo de 15 e um máximo de 30 anos. As medidas também beneficiarão Portugal e Irlanda, que receberam ajuda do bloco para reestruturar suas economias entre 2010 e 2011.