UE aprova recapitalização de quatro bancos gregos

A Comissão Europeia (CE) anunciou nessa sexta-feira (27) a autorização temporária da recapitalização de quatro bancos gregos: Alpha Bank, EFG Eurobank, Piraeus Bank e Banco Nacional da Grécia. O montante total, concedido pelo Fundo Helênico de Estabilização Financeira (HFSF, na sigla em inglês), soma € 18 bilhões.

Em declaração, a Comissão conclui que, como os quatro bancos em questão representam cerca de três quartos do setor bancário grego e têm um papel importante no financiamento da economia real, a medida é necessária e não pode ser postergada. “Os bancos gregos estão frequentemente operando sob condições extremas e não são capazes de, nesse momento, levantar capital no mercado. Acreditamos que a recapitalização dessas instituições aumente a estabilidade do sistema financeiro do país”, declarou o vice-presidente da Comissão responsável pela Política de Concorrência, Joaquin Almunia.

O auxílio estatal tem duração inicial de seis meses ou até o momento em que, dentro desse período, as autoridades gregas apresentem uma notificação completa da conversão da recapitalização-ponte para uma recapitalização final, para que a União Europeia (UE) tome uma decisão definitiva sobre a situação.

A Comissão acredita ainda que, se a recapitalização final do setor bancário grego se concretizar, os bancos conseguirão cumprir com um Core Tier 1 (indicador que avalia a solidez financeira de instituições bancárias) de 9% até setembro e de 10% até junho de 2013. Também se espera que, assim, os bancos consigam cumprir com os requisitos nacionais de capital regulatório de 8%.

Para garantir que a medida esteja de acordo com as regras do bloco relativas aos auxílios estatais para os bancos durante a crise, a Comissão Europeia abriu quatro inquéritos de investigação para a medida.  

Declarações

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse que, apesar de o primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, garantir que serão implementadas as medidas de austeridade, apenas palavras não são suficientes.

Na quinta-feira (26), Barroso pediu que a Grécia apresente resultados econômicos sólidos a seus credores para poder continuar na zona do euro. Dentre as medidas solicitadas que ainda não foram realizadas estão a redução do déficit orçamentário e reformas estruturais. "A Grécia pertence à família europeia e à zona do euro e queremos que isso continue. Por isso, a palavra-chave é resultados", afirmou o presidente da CE

 

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