UE reclama de medidas adotadas por parceiros

A União Europeia (UE) pediu, nesta segunda-feira (25), para que seus parceiros comerciais eliminem suas barreiras protecionistas. Segundo a organização, as medidas adotadas por países como Argentina, Austrália, Equador, México, Coreia do Sul, Suíça, Turquia, Estados Unidos, Japão, Brasil, entre outros, estariam contribuindo para atrasar a recuperação econômica do bloco europeu. As dificuldades causadas por esses obstáculos comerciais estariam prejudicando principalmente os segmentos automotivo, têxtil, agrícola e de serviços do bloco, que representam 1,7% do seu comércio.


Com relação ao Brasil, a UE se queixa, sobretudo, dos financiamentos com taxas abaixo das praticadas no mercado oferecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para subsidiar as exportações. Em seu relatório, a organização destaca a medida adotada pelo governo brasileiro em setembro deste ano, que aumentou os fundos do BNDES de R$ 45 bilhões para R$ 90 bilhões para financiar as operações das pequenas e médias empresas (PME’s).


A UE reclama também do aumento de barreiras às importações adotadas pelo País, visando estimular a preferência por produtos nacionais. O bloco não vê com bons olhos a medida provisória assinada em julho de 2010, que permite o governo brasileiro conceder uma margem de preferência de até 25% (dependendo do setor) das licitações para serviços e produtos fabricados total ou parcialmente no Brasil, bem como para empresas que invistam em pesquisa e tecnologia no País.


Ainda de acordo o documento divulgado pela UE, entre maio e setembro deste ano, 66 novas restrições foram adotadas por seus parceiros comerciais. No total, 332 medidas protecionistas foram impostas desde o começo da crise, em 2008, e somente 10% foram suspensas desde então. A Rússia aparece como o parceiro com mais barreiras desde o início da crise econômica. O Brasil teria imposto 12 medidas entre outubro de 2008 e o mês passado.


 

SXC
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