Na abertura do segundo dia da 30ª edição do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, nesta terça-feira (3), o Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, reforçou o desejo da Alemanha de fortalecer suas relações com o Brasil, não só no âmbito comercial, mas também nas áreas da cultura, da ciência e dos esportes. De acordo com o ministro, essa é uma decisão estratégica do governo alemão, com vistas ao futuro.
“Em função do seu desenvolvimento econômico, o Brasil se tornou um dos grandes players da política mundial. Os esforços para estreitar as relações com o País são, portanto, estratégicos para a Alemanha”, disse.
Westerwelle afirmou ser incompreensível que o Brasil e outros países da América Latina e África não estejam representados no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e que isso não corresponde à realidade atual do cenário político e econômico mundial.
“Aqui na Alemanha ainda temos uma forma muito antiga de pensar. Esse eurocentrismo me assusta. Nós, como alemães, somos grandes e fortes na Europa, mas pequenos no mundo. E precisamos entender isso”, pontuou.
Política de vistos
O ministro destacou a necessidade de a Alemanha abrir suas portas para os estrangeiros. Segundo ele, a política de vistos precisa ser mudada de forma a se tornar mais atrativa para a mão de obra qualificada vinda de fora.
“Nós somos um país que não tem mais nada, além de conhecimento e criatividade. Por isso, temos que nos adaptar e nos tornar mais receptivos para os estrangeiros e não nos isolar”, destacou.
Westerwelle disse que uma política de vistos inteligente está alinhada com os interesses do governo alemão de fortalecer as cooperações estratégicas com países emergentes.