A Aliança Navegação e Logística anuncia mais um passo importante no processo de consolidação da cabotagem. A armadora conta com dois novos navios de bandeira brasileira da classe “Exploradores”, com capacidade de 3800 TEUs, que substituirão as embarcações Aliança Manaus e Aliança Santos de 2500 TEUs.
Ao mesmo tempo em que chegaram os novos navios, a empresa ajustou a rotação dos serviços, ampliando a cobertura com um número maior de frequências entre o Sul, Sudeste e Nordeste do País.
“As embarcações maiores e mais modernas permitirão um incremento de capacidade semanal da ordem de 20%”, afirma Marcus Voloch, gerente geral de Cabotagem e Mercosul da Aliança Navegação e Logística.
O navio Diego Garcia fez sua viagem inaugural pelo Anel 1, no Porto de Itapoá (SC), no dia 19 de novembro, e navegou até Manaus (AM). Já o João de Solís entrou em operação no dia 26 de novembro, pelo Novo Anel 2, que terá seu escopo expandido, incluindo Rio Grande do Sul e Bahia na rotação. O João de Solís fez o circuito de Rio Grande (RS) a Pecém (CE). As duas embarcações foram construídas no estaleiro Jiangsu Yangzijiang, que fica em Zhangjiagang, na China, e receberam investimentos totais de US$ 85 milhões.
Segundo Voloch, a iniciativa reforça o potencial de crescimento do modal marítimo no Brasil. De janeiro a setembro de 2017, o setor de cabotagem como um todo cresceu 11% em relação ao mesmo período de 2016, ao passo que a Aliança registrou crescimento acima do mercado.
Com a retomada da economia brasileira e o aumento do volume no comércio exterior, o serviço feeder, complementar à cabotagem, registou taxa de crescimento próxima a 10%. O feeder é o serviço de distribuição a partir de um porto escalado diretamente por navios de longo curso (hub port) para os demais portos da região, não escalados pelo serviço de longo curso.
“Temos uma grande oportunidade de crescimento da cabotagem em 2018. Uma das grandes apostas da Aliança está na movimentação de carga refrigerada, onde esperamos crescer 30% no próximo ano, já que cada um dos novos navios conta com mil tomadas para contêineres reefer”, ressalta Voloch.
Em 2017, os setores que mais cresceram na cabotagem foram alimentos e bebidas, químicos e resinas, higiene e limpeza, papel e materiais de construção.
Foto: Divulgação Aliança Navegação e Logística