A transformação na forma como produzimos e consumimos eletricidade está em andamento, mas, pela primeira vez, uma pesquisa leva em conta três pontos fundamentais para esta mudança e a expectativa de prazos para as principais regiões globais. O acesso à geração autossuficiente de energia, gerar e armazenar energia pelo mesmo valor do que adquirir de um fornecedor e os carros elétricos vão conduzir esse movimento, segundo uma pesquisa da E&Y, realizada com consultoria global.
O levantamento estima que os carros elétricos serão os primeiros a conquistarem espaço nos mercados mundiais, se tornando semelhantes aos veículos de combustão em desempenho e custos até 2025.
Outro tópico que já está em andamento, principalmente na Europa e Oceania, é a equivalência dos custos de geração e armazenamento ante a compra de fornecedores. É estimado que até 2021 esta mudança já esteja em operação na Oceania e em 2022 na Europa, enquanto os Estados Unidos só devem chegar a esse patamar em 2042, onde o setor energético é muito complexo e altamente regionalizado.
As descobertas indicam uma diferença entre os trabalhos da Europa e Oceania na transformação energética, assim como nos Estados Unidos. O aumento de fontes de energia mais distribuídas economicamente (as chamadas DERs) deve impactar os serviços públicos nos Estados Unidos e as preferências dos consumidores mais lentamente do que em outros mercados. Isso se deve ao custo de geração, como geração de energia renovável em larga escala, o baixo custo do gás natural, taxas baixas nas contas de energia e pouco gasto com manutenção da rede.
A projeção da produção de energias renováveis até 2050 reflete esta tendência. Na Europa e Oceania, elas representam 50% e 49% da demanda de consumo, respectivamente. Nos Estados Unidos – onde as políticas de energia renováveis estão em evolução e são mais variáveis – atinge os 18% na região Nordeste e 49% na costa Oeste.
Muitos países europeus já começaram a mudar seus modelos de negócios de energia em resposta a pressões regulatórias. O levantamento indica que US$ 67 bilhões de receita de serviços públicos tradicionais estarão em risco em 2050 pela destruição da geração de energia solar. Em todo o mercado norte-americano, prevê-se que anualmente US$ 49 bilhões estarão em risco, impulsionados pela costa Oeste (US$ 26 bilhões), onde a política estadual estimula o investimento em distribuição de energia renováveis. E na Oceania, anualmente US$ 11 bilhões em receita estarão em risco.
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