De acordo com a mais nova edição da pesquisa global do setor automotivo (Global executive automotive survey 2018), realizada pela KPMG, 84% dos executivos da indústria acreditam que, no futuro, os serviços digitais vão gerar mais receitas que a venda de veículos. Quando olhamos apenas para o Brasil, esse índice sobe para 89%. O levantamento ouviu 900 executivos que atuam na área no mundo todo (98 do Brasil), além de 2.100 consumidores, entre os meses de setembro e outubro do ano passado.
Segundo o líder da KPMG para a indústria automotiva no Brasil, Ricardo Bacellar, esses dados apontam que essa será uma realidade do setor em poucos anos. “Nota-se que a força da tecnologia no setor automotivo será muito grande a ponto de os serviços digitais terem um peso relevante e prioritário para o cliente. É uma importante mudança no comportamento do consumidor que vai demandar uma alteração nos modelos de negócios dessa indústria”, avalia. “Até o momento, ainda não está claro como estes novos fluxos de receita serão alocados entre os integrantes da cadeia automotiva, entretanto, é inegável a necessidade de discutir a implementação de novos indicadores de negócio que representem as interações com os clientes durante todo o seu ciclo de vida e sejam mais efetivos para o sucesso comercial das ofertas aos clientes”.
Segurança de dados como pré-requisito
A pesquisa aponta também que os consumidores priorizarão a segurança de dados no momento de tomar decisões relativas à aquisição de um automóvel e esperarão que esse tipo de segurança seja um componente-padrão do veículo. Segundo o levantamento, 80% dos executivos estão convencidos de que o uso dos dados do automóvel e do motorista será o principal componente do modelo de negócios futuro do setor automotivo.
“Isso significa que o termo ‘componente-padrão’ deverá ser redefinido. Na opinião de 85% dos executivos e 75% dos clientes entrevistados, a segurança cibernética e de dados será um pré-requisito para a aquisição de um automóvel no futuro”, afirma Bacellar.
Motores de combustão interna continuam relevantes
Apesar das inúmeras discussões envolvendo veículos elétricos, a pesquisa aponta que 77% dos executivos afirmaram que os motores de combustão interna continuarão a ser importantes por muito tempo, ainda mais com a possibilidade de usar biocombustíveis e combustíveis sintéticos.
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