Publicidade

31 de outubro de 2017

Parceria possibilita sala conceito da Indústria 4.0

Por Ana Paula Calegari

Nenhuma imagem disponível na galeria.

Balluff BrasilDe um lado uma multinacional instalada em Vinhedo com o objetivo de automatizar o controle e criar métricas para o processo produtivo. Do outro, o Instituto de Pesquisas e Estudos Avançados Sorocabano (IPEAS), com intuito de proporcionar aos seus alunos oportunidades de colocar em prática o aprendizado de sala de aula ainda durante a graduação. Foi assim que iniciou-se a parceria entre a Balluff Brasil e a Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens).

De acordo com Clemente Alonso, Gerente de Operações da Balluff Brasil, o intuito deste projeto fora apresentar de uma forma simplificada os conceitos da indústria 4.0 e a aplicação dos produtos da empresa. “A implementação do projeto possibilitou a gestão dos processos de encapsulamento e do fluxo de materiais, ter maior transparência e confiabilidade no processo, bem como o controle completo das variáveis com melhoria na qualidade dos produtos. Além da redução do tempo total de processo, melhoria do cumprimento dos prazos nas ordens de produção, e o fortalecimento da parceria da empresa com instituições de ensino e pesquisa,” explica.

Os sistemas da Balluff aplicados na sala de encapsulamento da empresa, opera 100% baseado no conceito da indústria 4.0, como a integração e automação de processos através de hardware e software, que permitem o gerenciamento dos lotes de fabricação dos produtos e o rastreamento das ordens de produção em tempo real. O principal ganho obtido com o sistema para a empresa, segundo Bruno Castellani, Coordenador de Serviços da Balluff Brasil foi a possibilidade de mapear não somente o tempo de produção, mas o tempo de cada fase produtiva, que não eram mensurados anteriormente, rastreando on-line as ordens de produção e criando indicadores de tempos para as etapas, o que permitiu à empresa identificar gargalos e pontos de melhorias.

“Tivemos a redução de 20% do tempo total do processo de encapsulamento, uma melhoria do atingimento do prazo de entrega das ordens de produção para estoque de 81% para 92% e das ordens de produção sob encomenda para 98%. Além disso obtivemos uma redução do tempo entre o momento do pedido do produto até a entrega do mesmo para estoque de sete para seis dias e o de encomendas para três dias. Isso demonstra aos nossos clientes como o conceito da indústria 4.0 pode melhorar a competitividade e também mostrar a aplicabilidade de nossas tecnologias” expõe Castellani.

Para o diretor de pesquisas da Facens, Antônio Carlos Gomes Junior, o grande ganho obtido com o projeto é oferecer interfaces de trabalho conjunto com benefício mútuo aos alunos e a empresa. “A interação contínua entre empresa e escola é uma excelente oportunidade. Neste contexto, os alunos têm acesso à pesquisa aliada a obtenção de experiência profissional, grande potencial para desenvolver novas tecnologias e estabelecer rede de contatos. Em contrapartida, as empresas que contribuem para a formação profissional, têm como principal vantagem à inovação tecnológica, a melhoria contínua de processos e aliado a isso, menores custos, ” afirma Junior.

O projeto resultou na instalação de um painel na produção, onde são apresentadas as ordens em processo produtivo, qual a etapa de cada uma, os tempos estipulados e o próximo passo. Ao concluir uma fase produtiva, o sistema a destaca no painel de controle e emite um aviso sonoro para o operador, sem a necessidade a intervenção manual, utilizando a tecnologia RFID, que utiliza a frequência de rádio para a captura de dados.

“Infelizmente, no Brasil, as parcerias deste gênero ainda não são comuns. Isto se deve principalmente a uma falta de cultura local e falta de comunicação. As empresas têm que ter mão de obra tecnicamente qualificada e nossa instituição acredita piamente que um caminho certo e estratégico é de estabelecimento de parcerias. Nosso mote é de trabalhar o que o mercado precisa mantendo e ampliando o nível de empregabilidade e contribuindo para o desenvolvimento e o necessário ganho de produtividade para nosso país e nossa comunidade, ” finaliza Junior.

Para Adriana Silva, CEO da Balluff, parcerias entre o meio corporativo e o mundo acadêmico são eficientes para suprir necessidades da sociedade e são atributos comuns e marcantes em países mais desenvolvidos. “Em nosso país, precisamos amadurecer e incentivar essa relação que é benéfica para os dois lados, pois afeta diretamente no futuro profissional dos estudantes e na transformação do Brasil com as empresas, ” finaliza.


Foto: Divulgação Balluff Brasil

Compartilhe:

Artigos relacionados