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3 de dezembro de 2025

Eventos no interior: Associados da Câmara Brasil-Alemanha se reúnem na Pilz para discutir segurança na indústria de hidrogênio

Por Aline Tokimatsu

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Foto: Divulgação/Pilz

Nesta terça-feira (2), associados da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo) participaram de um debate na Pilz sobre desafios e soluções para o uso de hidrogênio na indústria, na última edição do ano da série “Eventos no Interior”, realizada em parceria com a VDI.

O encontro teve como foco discutir a importância da segurança na produção de hidrogênio, juntamente com o avanço deste setor. Projeções da Agência Internacional de Energia mostram que a demanda por hidrogênio pode chegar a 175 milhões de toneladas até 2030.

Com a crescente demanda, a Pilz tem trabalhado fortemente no desenvolvimento de sistemas de segurança em automação com foco no mercado de hidrogênio.

Na abertura do encontro, a Diretora de Assuntos Associativos da AHK São Paulo, Lucila Junqueira Machado, enfatizou a relevância do “Eventos no Interior”. “Hoje é o último de 2025, mas em 2026 tem mais”, garantiu, dando destaque às pequenas e médias empresas.  “Hoje, mais de 80% das empresas associadas são pequenas e médias”, afirmou.

Em seguida, João Vitor Stedile, Diretor Executivo da VDI Brasil, destacou o papel desses eventos em colaboração. “Todas essas entidades, a AHK, a VDI, são todas entidades alemãs que estão aqui para apoiar empresas alemãs, empresas brasileiras e de outras nacionalidades, mas todas complementares. Cada uma com seu objetivo, todas muito parceiras para que aqueles que representam as empresas possam prosperar cada vez mais”, afirmou.

Paulo Fernandes, Managing Director da Pilz, também é coordenador do Grupo de Trabalho de Pequenas e Médias Empresas da AHK São Paulo, e abriu sua fala ressaltando a importância de promover o debate entre as PMEs. “Os problemas das pequenas e médias empresas são diferentes dos problemas das grandes empresas. Então, quando a gente faz essas reuniões, a ideia é que a gente possa trazer realmente temas go to action, com esse objetivo de trocar ideias, trocar experiências”, afirmou.

Partindo para o mercado de hidrogênio, Fernandes faz uma reflexão: “Quando a gente fala de energia limpa, não há mais dúvida de que ela é importante e que vai ser realmente um driver nessa transição energética. Mas a provocação que eu sempre faço é: mas e aí? É seguro?”, questiona. “Eu sempre tenho participado de eventos, de discussões que sempre levam para o lado técnico do desenvolvimento, de tecnologias, mas eu confesso que eu tenho ouvido falar muito pouco de segurança”, completa.

Felipe Pereira, Coordenador de Estratégia de Produtos da Pilz, trouxe um painel detalhado dos riscos, que têm a ver com as características do próprio gás. Segundo ele, o hidrogênio é uma molécula muito pequena e flutuante, o que aumenta as chances de vazamento. Além disso, “a chama do hidrogênio é quase invisível, não tem carbono”, explicou.

Em uma apresentação didática, Pereira explicou o funcionamento dos dispositivos desenvolvidos pela Pilz para garantir a segurança total diante de um processo de alto risco. “Quando a gente fala de segurança em processos, a gente fala de nível de integridade. É o quanto o meu sistema é robusto a falhas, o quanto eu consigo realmente detectar uma falha antes dela acontecer e evitar uma catástrofe”, completou.

Os dados apresentados mostram que os últimos dez anos registraram mais de 200 incidentes envolvendo a produção de hidrogênio, com 55 fatalidades, 155 pessoas envolvidas e bilhões de dólares perdidos.

Para Paulo Fernandes, o desafio não é novo. “A gente está falando agora muito do hidrogênio para produção de energia elétrica, mas desde sempre houve a produção para siderurgia, em fertilizantes. Então, esses desafios com a segurança do hidrogênio sempre existiram”, afirmou.

Diante desse novo mercado de hidrogênio, outras oportunidades surgem e só reforçam a necessidade de se discutir a segurança, segundo os executivos da Pilz.

“Quando a gente fala de sustentabilidade a gente não pode esquecer do ser humano. A gente se preocupa muito com o meio ambiente, que é fundamental, mas o ser humano é mais importante ainda nesse momento. Então, o que a gente se preocupa muito é: como é que eu posso garantir que essa pessoa saia de casa de manhã e volte como ela saiu. Não dá para desconectar as pessoas do contexto ambiental”, finaliza Fernandes.

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