15% dos estudantes alemães já moraram no exterior

Os estudantes alemães estão cada vez mais internacionais. Entre 2000 e 2008 o número de universitários que foram passar um ou dois semestres em outro país saltou de 52,2 mil a 102,8 mil. Somente os chineses, indianos e sul-coreanos superam essa marca, revela um estudo realizado em parceria pelo Ministério Alemão de Educação e Pesquisa (BMBF), Sistema de Informação Universitária – HIS (Hochschul-Informations-System) e a Associação Acadêmica alemã – DSW (Deutsche Studentenwerk) e divulgado na última sexta-feira (7).


Entre os mais de 16 mil entrevistados, 15% já passaram algum tempo no exterior para cursar uma parte dos estudos em uma faculdade estrangeira, fazer um estágio profissional ou científico ou mesmo frequentar um curso de idioma. Cerca de 60% deles receberam uma bolsa de estudos e outros 30% fizeram um financiamento estudantil para viabilizar o intercâmbio.


Entre os destinos mais buscados para cursar a universidade estão Espanha, França e Reino Unido. Para estágios, a procura pelos Estados Unidos também é grande.


De acordo com a pesquisa, a proporção de estudantes que vão para o exterior para estudar é maior nas universidades do que nas escolas de ensino superior técnico. As mulheres também viajam mais do que os homens.


A situação financeira da família também está diretamente relacionada com a ida dos universitários para o exterior. Para Rolf Dobischat, presidente da DSW, filhos de famílias com nível escolar mais alto e maior poder aquisitivo têm mais tendência a embarcar em uma viagem de estudos do que colegas de famílias mais humildes e de baixa escolaridade.


Estudantes estrangeiros


A Alemanha também atrai muitos estudantes estrangeiros para suas universidades. De 1997 a 2008, o número de universitários provenientes de outros países saltou de 100.033 para 245.522.


“A Alemanha se consolidou no mercado de educação internacional como uma região atrativa”, diz a ministra da Educação Annette Schavan. Ela acredita que atrair talentos para as universidades é importante para uma nação exportadora de tecnologia como a Alemanha e, também, que é preciso dar a eles “a chance de ficar no país e aplicar o conhecimento”, completa Schavan.


Entre os motivos que atraem os estudantes estrangeiros estão a possibilidade de aperfeiçoar o conhecimento da língua e frequentar cursos mais específicos, principalmente nas áreas tecnológicas. Conforme dados do ministério, a maior parte deles vêm da China, Rússia, Polônia, Bulgária e Turquia.

REGIERUNGonline / Thomas Koehler/ photothek.net
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