Alemanha bate meta de estudantes estrangeiros


Na semana passada (22), o Ministério Federal da Educação e Pesquisa da Alemanha publicou o relatório “Wissenschaft weltoffen 2015”, no qual consta que, em 2014, 301.350 estudantes estrangeiros estiveram inscritos em instituições de ensino superior alemãs. Em comparação ao ano anterior, houve um aumento de 7%.


A meta de atingir um número total de 350.000 estudantes estrangeiros inscritos em instituições de ensino superior até 2020 do governo federal alemão provavelmente será atingida ainda antes do prazo estipulado.


“A cada nove estudantes, um vem de um país estrangeiro, e a tendência cresce. Não há um melhor índice para comprovar a atratividade internacional de nossas universidades, e isso se deve principalmente ao grande investimento nessa área. O governo vem triplicando sua verba para faculdades desde 2005”, explicou a Ministra da Educação e Pesquisa, Johanna Wanka, em um comunicado à imprensa. “A mobilidade internacional contribui não somente para uma troca científica e cultural. Também queremos ganhar profissionais altamente qualificados. Precisamos das melhores cabeças para preservar a nossa força inovadora e vencer a transição demográfica”.


Após os EUA e a Grã-Bretanha, a Alemanha é o anfitrião favorito entre os estudantes estrangeiros. Os cursos de mestrado em engenharia são os mais procurados. O número de estudantes de mestrado triplicou desde 2008 e conta com cerca de 67.000 alunos, apresentando um índice de sucesso de 91%. Do total de universitários, mais de 60% planejam permanecer na Alemanha por algum tempo após conclusão do curso.


Outro retorno positivo foi registrado na reestruturação do reconhecimento de diplomas estrangeiros. Algumas semanas atrás, os procedimentos foram padronizados para facilitar a vinda de mão de obra estrangeira qualificada. Segundo o relatório, três quartos de todos os diplomas recebem reconhecimento integral, os outros, no mínimo um reconhecimento parcial.


Mesmo com o aumento de estudantes nas instituições de ensino superior, a maior dificuldade continua sendo a dificuldade em se integrar no dia a dia, assim como o domínio da língua alemã. Uma pesquisa de campo mostrou que apenas a metade dos estudantes estrangeiros se sente integrada adequadamente no meio social da instituição de ensino superior.


Sobre o relatório


“Wissenschaft Weltoffen” é um instrumento de referência da mobilidade internacional de estudantes e cientistas. O DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico) analisa o papel da Alemanha na troca de conhecimento no mundo. O relatório é elaborado em cooperação com o Centro de Pesquisa de Ensino Superior e de Ciências e financiado pelo Ministério da Educação e Pesquisa e pelo Ministério das Relações Externas.

CC/Flickr/4atjwunivers
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