Brasil e Alemanha têm universidades em ranking mundial


A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fundada em 1966, foi listada entre as 50 melhores instituições de ensino superior do mundo com menos de cinquenta anos pela QS Top 50 under 50, pesquisa realizada pelo instituto Top Universitys, baseado em Londres. O ranking é feito desde 2004, e promove os jovens centros acadêmicos de excelência de acordo com uma série de indicadores. Neste ano, a universidade do interior de São Paulo é a única brasileira a figurar na lista.


Destaque também para três universidades alemãs que aparecem na lista: Universität Ulm, uma posição à frente da Unicamp, Universität Konstanz, na 35ª posição, e Universität Düsseldorf, em 41ª lugar. A Alemanha tem menos representantes na relação do que Grã-Bretanha e Espanha, quando observadas apenas as posições ocupadas pelos 10 países europeus citados.


Entre os itens avaliados estão a reputação acadêmica em meio a outras instituições, a relação entre o número de professores e alunos, as citações de trabalhos científicos e o número de pesquisadores estrangeiros que atuam na universidade.


“Essa classificação é importante ao demonstrar que as noções básicas que nortearam a fundação da Unicamp deram resultado e são reconhecidas. Entre esses fundamentos estavam, por exemplo, trazer para a Unicamp alguns dos melhores professores do Brasil e do exterior”, disse Fernando Ferreira Costa, reitor da Unicamp, em entrevista à Agência FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). “Antes mesmo de começar suas atividades, a Unicamp já havia atraído para seus quadros mais de 200 professores estrangeiros das diferentes áreas do conhecimento e cerca de 180 vindos das melhores universidades brasileiras”, completa.


Alguns pontos que mostram a força da Unicamp são o estímulo à inovação em pesquisas, a produção de conhecimento acadêmico avançado, o empreendedorismo e a integração da instituição com o setor industrial. A partir de sua fundação e com a crescente atuação junto à indústria, formou-se um polo de empresas de alta tecnologia nas imediações de seu principal campus, em Campinas (SP). “Isso ajudou a levar a Unicamp a se tornar a universidade brasileira com o maior número de patentes”, disse Ferreira Costa.


Outro fator de sucesso apontado pelo reitor é a internacionalização da instituição, com intercâmbios de estudantes e parcerias com universidades de outros países. Segundo dados levantados pela Agência FAPESP, a Unicamp responde por 15% da pesquisa acadêmica no Brasil e mantém a liderança com relação ao número de artigos per capita publicados anualmente em revistas indexadas na base de dados ISI/WoS.


Com informações da Agência FAPESP

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