A companhia alemã de especialidades químicas Evonik apresentou no Brasil o projeto Cyber-Classroom, que utiliza uma ferramenta 3D para o ensino de algumas disciplinas escolares, como a química. Educadores dos colégios Porto Seguro e Bandeirantes, de São Paulo, conheceram a tecnologia no último dia 9 de maio, e passarão a utilizá-la nas aulas.
De acordo com a Evonik, que é patrocinadora do projeto educacional, o grande diferencial do Cyber-Classroom é a possibilidade de estudar química em três dimensões, o que não só torna a compreensão do conteúdo mais fácil como favorece a maior interação dos alunos. Numa época em que os meios de comunicação se transformam e os estudantes estão cada vez mais “conectados”, esta pode ser uma maneira única de aprender, enfatiza a empresa.
“Uma nação industrial precisa de jovens qualificados para as próximas gerações de cientistas. Por isso, investimos em tecnologias visionárias que dão aos educadores novas formas de ensinar e que reavivam o interesse dos alunos pela aprendizagem”, afirma Klaus Engel, CEO da Evonik.
Weber Porto, presidente da companhia para a América do Sul, completa: “Com o projeto, nós estamos formando os nossos futuros funcionários, estamos contribuindo para que a qualidade dos profissionais que receberemos daqui a alguns anos seja ainda maior”.
A introdução do Cyber-Classroom pela Evonik no Brasil faz parte da Temporada Alemanha + Brasil 2013-2014.
Tecnologia em difusão
Depois de implementar as aulas virtuais em 11 escolas da Alemanha, o grupo químico pretende transferir essa tecnologia a outros países, incluindo o Brasil e os EUA. A Bélgica também já tem uma experiência com o Cyber Classroom, que é utilizado em um centro tecnológico que recebe centenas de estudantes todo ano.
Os módulos estão disponíveis em alemão, inglês, francês e flamengo. A próxima etapa de tradução será o português. Os módulos de aprendizagem de química estão sendo compilados por uma equipe de professores, engenheiros e programadores e provavelmente serão ampliados.
O projeto é resultado de uma parceria entre a Visenso, desenvolvedora do software em 3D, e a Evonik.
Aprendizagem do futuro
Segundo a companhia, a tecnologia 3D torna atraente o aprendizado, principalmente, das ilustrações clássicas da química. Com o auxílio de óculos especiais, por exemplo, os alunos podem visualizar moléculas tridimensionais e reações químicas, tornando esses conceitos mais fáceis de entender. Os alunos podem, ainda, criar e reorganizar os seus próprios modelos moleculares.
Ainda conforme a empresa, estudos mostram que os materiais de aprendizagem 3D favorecem a fixação do conteúdo por mais tempo e exercem influência positiva sobre a assimilação por parte dos alunos, aumentando sua percepção e capacidade de memória.
A Evonik reforça, no entanto, que os meios virtuais não substituem os professores, mas auxiliam os processos de ensino, enquanto os professores tornam-se facilitadores da aprendizagem e criam um ambiente favorável e estimulante ao estudo.