Um projeto conjunto entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) vai promover a ampliação de mão de obra para o setor de energia eólica no Brasil. Até 2014, serão capacitados 500 profissionais, entre técnicos de planejamento e análise de instalação de parques eólicos, profissionais para construção, operação e manutenção desses parques e instrutores do próprio SENAI.
Serão investidos US$ 2 milhões no projeto, que foi oficializado nesta quarta-feira (23), em Brasília, pelo diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, e o diretor da GIZ para o Brasil, Ulrich Krammenschneider.
O programa irá oferecer cursos de formação em nove estados, além de visitas técnicas de profissionais do SENAI a parques eólicos da Alemanha e de outros países europeus.
A capacitação de mão de obra visa suprir a carência de pessoal no setor de energia eólica, que em 2020 representará 7% da energia gerada no Brasil, segundo estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com o Marcello Coelho, analista de Desenvolvimento Industrial do SENAI, a falta de profissionais qualificados é um grande obstáculo para o crescimento do setor. “Investidores e governos dos estados com grande potencial de geração de energia eólica têm procurado o SENAI para intensificar a formação de profissionais para o segmento. Com esse projeto, vamos atender a essa demanda”, explica Coelho.
Conforme Daniel Faro, supervisor técnico da área eólica do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis do SENAI no Rio Grande Norte, o setor vai demandar para os próximos três anos cerca de 40 mil profissionais, tanto para instalação quanto para operação e manutenção de parques eólicos.
“Serão necessários desde auxiliares de construção civil, mestres de obras até engenheiros”, destaca Faro.
Parceiras há mais de 40 anos, o SENAI e a GIZ desenvolvem ações conjuntas na área de energia desde 2009. Naquele ano, foi assinado um convênio para um projeto que capacitará 80 técnicos do SENAI, até 2013, para prestar serviços a empresas na área de eficiência energética.
“A cooperação com a Alemanha é fundamental para garantir a competitividade da indústria brasileira”, disse Rafael Lucchesi, na assinatura do acordo. Segundo Ulrich Krammenschneider, o projeto se insere na estratégia de cooperação da Alemanha com Brasil.