Em muitos países, as máquinas já respondem por boa parte da “mão de obra” nas indústrias, sobretudo na automotiva e eletroeletrônica. Para medir a densidade de robôs industriais em diferentes países, um estudo da Federação Internacional de Robótica (IFR, na sigla em inglês) calculou a quantidade de máquinas para cada 10 mil pessoas empregadas na indústria em geral.
Os resultados revelaram que o Japão lidera a lista entre os mais robotizados do mundo, com 306 robôs para cada 10 mil trabalhadores. A Coreia do Sul e a Alemanha vêm em seguida, com densidades de 287 e 253 robôs, respectivamente. Nesses três países, a quantidade de máquinas ficou bem acima da média dos demais pesquisados. Conforme o estudo feito em 45 países com base em dados de 2010, a média foi de 50 robôs para cada 10 mil trabalhadores.
O Brasil aparece na 37ª posição no ranking com densidade inferior a 10 robôs para cada 10 mil trabalhadores, atrás de países como Tailândia (26ª), África do Sul (28ª), México (32ª), Indonésia (34ª) e Argentina (36ª).
Apesar da baixa densidade, o Brasil adquiriu 640 robôs industriais em 2010, um aumento de 29% frente ao ano anterior. Ao mesmo tempo, as indústrias que tradicionalmente mais absorvem robôs, como a automotiva, têm contratado cada vez mais trabalhadores no País, indicando que um maior volume de máquinas no mercado de trabalho não representa, necessariamente, uma ameaça.
Segundo a IFR, foram vendidas 118 mil unidades de robôs industriais no mundo todo no ano de 2010, 47% a mais em relação a 2009. O aumento foi impulsionado pela recuperação da economia global após o pior período da crise financeira nos Estados Unidos.
Em 2011, a estimativa de crescimento para a indústria robótica mundial é de 18%, com vendas de 139.300 unidades, impulsionadas principalmente pelo BRIC (Brasil, Rússia, índia e China), que devem investir cada vez mais na modernização das suas plantas para ganhar competitividade. Já para o período 2012-2014, a projeção é de uma expansão de 6%, em média, nas vendas a cada ano.