Alemanha sedia conferência de web e direitos humanos


Redes sociais, blogs, revoluções via Facebook: o mundo virtual da Web 2.0 está mudando a cultura política. Hoje, em muitos países, a internet é uma importante ferramenta para a liberdade de imprensa. O que essas transformações significam para a proteção dos direitos humanos? O acesso gratuito à internet deve ser estabelecido como direito humano fundamental?

Essas e outras perguntas deverão ser discutidas na 2ª Conferência Cibernética de Berlim, que acontece nesta quinta e sexta-feiras (13 e 14), na sede do Ministério alemão das Relações Exteriores. O evento, organizado em colaboração com a Human Rights Watch e as Universidades de Aarhus e Humboldt, tem como tema deste ano “A internet e os direitos humanos: construindo uma internet livre, aberta e segura”.

Contando com a participação do ministro Guido Westerwelle e do encarregado do governo da Alemanha para política de direitos humanos e ajuda humanitária, Markus Lönning, a conferência de dois dias apresentará sessões plenárias e workshops sobre questões de governança da internet, direitos humanos e proteção da propriedade intelectual. Cerca de 120 especialistas internacionais das áreas de política, ciência, economia e sociedade civil são esperados.

Para Westerwelle é mais do que natural que o país realize esse tipo de evento. “A liberdade na internet é um importante objetivo da política externa alemã: ela diz respeito à política de direitos humanos e questões de segurança”, afirma. “Além disso, ela desempenha um importante papel na cooperação para o desenvolvimento e na política de comércio exterior internacional”, completa.

A Organização das Nações Unidas também observa o tema com atenção. Recentemente, a ONU adotou uma posição sobre a questão, afirmando que todos os direitos humanos válidos no mundo offline também devem ser respeitados no mundo digital.

SXC
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