O instituto alemão de pesquisa aplicada Fraunhofer será responsável pelo acompanhamento, certificação e avaliação do trabalho de instituições de pesquisa e inovação que lidam com questões referentes à indústria brasileira.
Pelo acordo, assinado ontem (10) pelos governos brasileiro e alemão, as empresas poderão apresentar suas demandas aos institutos credenciados, que irão receber remuneração parcial do governo brasileiro conforme as atividades realizadas, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (Embrapi).
Por enquanto, apenas seis instituições na área de pesquisa e inovação, de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina, estão credenciadas para trabalhar com o apoio do Instituto Fraunhofer.
De acordo com Aloizio Mercadante, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, as pequenas e médias empresas precisam de um suporte como este vindo do Estado, pois o setor privado inova pouco no País.
Para ele, um dos benefícios que a parceria com o Fraunhofer pode trazer é a questão de patentes no Brasil. Aqui, dois terços delas vêm do setor público, ao contrário do que acontece no resto do mundo. Assim, a medida vai ajudar na convergência da inovação e na transferência do conhecimento entre as empresas privadas.
No ano passado, recursos de R$ 60 milhões foram alocados pelo ministério para custeio no segmento de inovação e o valor deve aumentar durante este ano, por conta da previsão de admissão de novos centros de pesquisa.
Além de trabalhar com a indústria alemã, sobretudo na área de tecnologia, o Instituto Fraunhofer reúne 60 centros de pesquisa em diversos países, e 32 deles já estão desenvolvendo projetos específicos no Brasil. Aqui, as iniciativas envolvem os segmentos de calçados, alimentos, eletroeletrônicos, indústria têxtil e automotiva.