Cientistas do Instituto Alemão Fraunhofer desenvolveram um sistema de fabricação de tecido humano artificial que pode ajudar a medicina a resolver definitivamente o problema da rejeição de órgãos, comum em pacientes transplantados.
Com a ajuda de máquinas, os pesquisadores conseguiram produzir grandes quantidades de tecido sem riscos de contaminação. Até agora, a produção só era realizada em laboratório em pequena escala e envolvia altos custos.
Para possibilitar esse processo, os estudiosos criaram primeiramente um método de separação de células e de cultivo das mesmas in vitro, ou seja, em laboratório. Após esse período, as células passam por uma espécie de linha de produção totalmente automatizada para dar origem a novos tecidos do órgão humano do qual se originaram.
O primeiro órgão humano reproduzido pelos cientistas do Fraunhofer foi a pele. A “fábrica de pele” (nome atribuído à máquina desenvolvida pelo instituto) está em teste na Alemanha desde o começo desse ano e já é capaz de produzir 5 mil unidades de pele artificial por mês.
Agora, os cientistas estão tentando cultivar células de córnea, intestino e fígado por meio do método in vitro para criar tecidos desses órgãos. Se bem sucedida, a técnica pode reduzir o tempo de espera de milhões de pacientes no mundo todo por transplantes.