De acordo com um estudo do Centro de Pesquisa de Economia e Negócios (Cebr) encomendada pela empresa de tecnologia EMC, o mercado de cloud computing pode render € 177,3 bilhões por ano à França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido se esses países continuarem a adotar a tecnologia progressivamente até 2015. A quantia poderia cobrir os empréstimos feitos a países europeus em crise, como Irlanda e Grécia e evitar novos cortes nos gastos públicos.
O conceito da computação em nuvem se baseia no armazenamento dos dados de uma pessoa física ou organização na internet ou em um data center terceirizado, para que as informações possam ser acessadas de qualquer lugar do mundo a partir de um browser de internet, sem que um software precise ser instalado no computador.
Empresas como Google, IBM e Microsoft já oferecem esse serviço em todo o mundo, mas a rejeição à nova tecnologia ainda é grande por conta das incertezas quanto à segurança desses dados disponibilizados na “nuvem”. Para não correr o risco de ver suas informações confidenciais sendo acessadas por outras pessoas em uma rede aberta, muitas organizações preferem, portanto, continuar armazenando os dados em suas próprias dependências.
A alternativa encontrada foi um modelo híbrido de cloud computing, no qual parte do conteúdo é administrado por um prestador externo (Clouds públicas) e a outra parte pela equipe de informática da própria empresa contratante (Clouds privadas).
“A agilidade e a competitividade gerada pelos modelos privados e híbridos da cloud computing representa uma oportunidade real para as empresas europeias, pois vai ajudá-las a aumentar as suas vantagens competitivas e, ao mesmo tempo, impulsionar a recuperação econômica do país”, diz Rainer Erlat, presidente da EMC.
Para Erlat, a recuperação econômica só será alcançada e sustentada se os custos forem reduzidos e a indústria se tornar mais competitiva. Nesse contexto, ele acredita que a computação em nuvem seja a solução ideal, por oferecer mais eficiência e soluções flexíveis e menos complexas.
O Cebr prevê que dos € 177,3 milhões, 75% dos rendimentos serão provenientes dos modelos privados e híbridos de cloud computing, que permitem que o usuário use mais ou menos espaço de armazenamento conforme a sua necessidade.
A fatia da Alemanha, segundo o EMC, seria de € 49,6 bilhões – mais da metade do corte anunciado pelo governo alemão no ano passado para um período de quatro anos.