Em nome da Fundação Alexander von Humboldt, o Cônsul Geral Adjunto, Uwe Heye, entregou no último dia 14 de maio, uma doação em equipamentos no valor de 40 mil Reais, equivalentes a 13 mil Euros, ao Prof. Dr. Emanuel Henn do Instituto de Física de São Carlos IFSC / USP. Com esse feito, o Prof. Emanuel, alumni da Fundação Alexander von Humboldt, poderá dar continuidade, no Brasil, à sua pesquisa, iniciada na Alemanha, sobre átomos dipolares.
A doação, além de ser grande exemplo de cooperação científica germano-brasileira, marcou a inauguração simbólica da Célula de Efusão. A Fundação tem como um de seus objetivos “promover cooperações acadêmicas entre excelentes cientistas e instituições da Alemanha e do exterior”.
A doação é o resultado de uma solicitação do próprio Emanuel, feita quando a Fundação Alexander von Humboldt abriu uma chamada para doação do equipamento em questão. “A Fundação apoia seus bolsistas por toda vida. A doação de equipamentos, inclusive, é parte de um programa da Humboldt voltado para esse público”, explica o docente.
A Célula de Efusão é um dos equipamentos centrais de um experimento com átomos frios, coordenado por Emanuel, para a produção de gases quânticos de átomos extremamente magnéticos. Porém, é óbvio que não é somente o experimento ou a pesquisa de Emanuel que serão beneficiados pelo novo equipamento: de acordo com ele, de um modo geral, a Célula de Efusão, além de ser o “chute inicial” para essa linha de pesquisa específica, pode gerar diversos outros estudos relacionados. “No próprio IFSC, temos grupos que trabalham com materiais magnéticos. Existem também sistemas com os quais se trabalha em estado sólido que podem ser replicados em sistemas de gases quânticos”, elucida Emanuel.
Disputada por outros pesquisadores do globo, Emanuel acredita que a Célula de Efusão tenha tido seu destino definido graças ao local no qual seria instalada, ou seja, o IFSC. O docente conta que qualquer ex-bolsista da Humboldt pode solicitar doação de equipamentos, embora alguns dos programas sejam abertos somente a bolsistas de países em desenvolvimento. “Por ser considerada uma instituição de ponta, o IFSC acaba se destacando perante outras instituições, e também garante à Humboldt a aplicação de recursos num local que, realmente, trará retorno para Ciência de uma maneira geral”, conclui Emanuel.