A alemã Festo (do segmento de automação industrial) e o Instituto Fraunhofer de Engenharia de Manufatura e Automação receberam, nesta quarta-feira (1), o Prêmio Alemão do Futuro 2010 (Deutscher Zukunftspreis 2010) pelo desenvolvimento de um novo braço robótico.
A inovação rendeu aos pesquisadores das duas instituições um prêmio no valor de € 250 mil, entregue em uma cerimônia oficial pelo presidente da Alemanha, Christian Wulff.
O braço mecânico foi inspirado na tromba de um elefante, que movimenta cerca de 40 mil músculos ao mesmo tempo para pegar um alimento do chão e levá-lo até a boca. O equipamento, que tem três garras, oferece a mesma precisão e flexibilidade, graças ao design sofisticado do sistema de manipulação biônico que possui.
“A tromba de plástico é feita de estruturas de foles sobrepostas em série, um eixo de mão móvel e uma garra com três dedos”, explica Peter Post, que liderou a pesquisa e o desenvolvimento do projeto na Festo. Segundo ele, os elementos estruturais são flexíveis e podem ser manipulados utilizando ar comprimido, portanto, basta injetar ar no braço e ele se expande, como uma sanfona, podendo alcançar de 70 cm a 110 cm de comprimento.
O equipamento pesa somente 1,8kg e consegue levantar até 500 g, ou seja, cerca de 1/3 do seu peso. Braços mecânicos industriais convencionais só conseguem carregar 1/10 do seu peso.
Por ser feito de plástico em vez de metal, o braço robótico pode ser manuseado por qualquer pessoa, sem oferecer riscos.
“Atualmente, trabalhar perto de máquinas dinamicamente ativas é perigoso. Nosso objetivo era criar um sistema que fosse naturalmente flexível, para que as pessoas pudessem manuseá-lo sem qualquer risco”, destaca Markus Fischer, diretor de Design Corporativo da Festo.
Os responsáveis pelo projeto afirmam que, por ser de fácil manuseio e seguro, o braço robótico pode ser usado em qualquer situação que requeira ajuda mecânica, tanto em serviços de empacotamento de mercadorias e no reparo de automóveis, quanto na reabilitação de pessoas ou mesmo em domicílios.
