Pesquisadores brasileiros em Berlim


Com ideias inovadoras e de grande impacto social, os pesquisadores André Luiz Brandão, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), e Francisco Uique Carvalho Lage, estudante de graduação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), representam o país no Falling Walls Lan 2015, em Berlim.


A competição internacional, apoiada pelo Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF), é realizada pela Fundação Falling Walls, criada em 2009. Com programação de 8 a 10 de novembro, o evento contempla quatro atividades centrais: uma conferência, dividida em quatro sessões de palestras, o Falling Walls Lab, o Falling Walls Venture e o Falling Walls Circle. Realizado sempre no dia do aniversário da queda do Muro de Berlim, o nome faz referência à necessidade de derrubar muros também no mundo da ciência. 


Este ano, a premiação reconheceu quatro projetos inovadores dos cem selecionados para participarem das apresentações em Berlim. Os Jovens Inovadores foram Sabrina Badir, médica e pesquisadora da Escola Politécnica de Zurique (Suíça), Lian Willets, da Universidade de Alberta (Canadá), Shani Elitzur, do Instituto de Tecnologia Technion (Israel) e Olekandr Shymanko, da Universidade Vasyl Precarpatian (Ucrânia).

Durante a terceira edição da competição Falling Walls Lab São Paulo, realizada pela consultoria  A.T.Kearney, em parceria com o Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH-SP) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie, em setembro, André Brandão e Francisco Lage conquistaram o primeiro e o segundo lugar, respectivamente. 

Brandão, que já foi bolsista de doutorado do DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico), propõe o desenvolvimento de jogos para pessoas com deficiência, utilizando métodos interativos de ensino e aprendizagem. Os jogos possuem personagens com deficiência, para maior identificação do principal público-alvo. Além disso, a ferramenta possibilita a outros jogadores a oportunidade de vivenciar on-line situações do cotidiano de pessoas com deficiência. A ideia vencedora integra o projeto Jogos Criados para Pessoas Especiais (Jecripe), que já criou games para crianças com síndrome de Down.


O segundo colocado na etapa nacional, Francisco Lage, defende a ideia de um sistema de geração de energia a partir de painéis solares que flutuam em reservatórios de água nas usinas hidrelétricas, aproveitando a rede de distribuição de energia já instalada. 

 

CC/Flickr/National Eye Institute
CC/Flickr/National Eye Institute