SENAI assina acordo com instituto alemão


O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) assinou esta semana um acordo para facilitar as parcerias com a Sociedade Fraunhofer, da Alemanha, formada por 67 institutos de inovação.


Agora, os pesquisadores dos 15 Institutos Senai de Inovação operacionais, ou seja, que têm projetos contratados com a indústria nacional, podem acessar, de forma rápida, as inovações produzidas pelos institutos Fraunhofer, principalmente em tecnologias, que não estão disponíveis no Brasil.


Uma das áreas em que os países podem atuar de forma conjunta é a de manufatura aditiva – tecnologia de ponta que usa impressoras 3D para fabricar peças em camadas. As impressoras 3D podem imprimir, por exemplo, peças para máquinas industriais feitas de plásticos ou de metais.


A tecnologia abre a possibilidade de o Brasil desenvolver produtos em parceria com o setor aeronáutico para reduzir o peso de estruturas de aeronaves ou com o setor automotivo, para criar peças mais complexas e mais baratas, aumentando a competitividade de empresas nacionais e alemãs.


A Alemanha foi o quarto principal parceiro comercial brasileiro em 2014, mas 62,7% das exportações brasileiras para o país ainda são compostas por produtos básicos, com destaque para café, minérios, farelo de soja e soja em grãos. No caso das importações, os produtos manufaturados somaram 95,6% do total em 2014, representados sobretudo por máquinas mecânicas, automóveis e produtos farmacêuticos.


O gerente de tecnologia e inovação do SENAI, Marcelo Prim, disse que o acordo assinado durante o 33º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA), em Joinville, Santa Catarina, é um memorando de entendimento que muda o patamar da relação entre os dois países nesse setor.


“Estamos aproximando as redes de tal maneira que, quando surgirem demandas de inovação da indústria brasileira em áreas em que não temos competência técnica, a gente possa rapidamente contratar um instituto da Fraunhofer para atuar lado a lado nesse projeto”, declarou Prim.


O gerente acredita que investir em capital humano é o ponto de partida para a estruturação da inovação, mas que ainda é um desafio aproveitar o conhecimento produzido pelas universidades brasileiras para inovar a indústria nacional. Ele explica que a Fraunhofer ajudou o SENAI neste ponto, na definição de qual o capital humano é necessário para cada instituto. “Nos ajudaram a estruturar os 26 institutos, passando por fases de planejamento estratégico, implementação e monitoramento. Estão ensinando a equipe na prática”.

CC/Flickr/onnola
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