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Os laços culturais entre Brasil e Alemanha são visíveis em diversas regiões e se manifestam na arquitetura, gastronomia, e na organização urbana. Uma das representações mais icônicas entre os países são as diferentes celebrações da Oktoberfest, festa popular de cerveja e cultura alemã que acontece no Sul e Sudeste do Brasil. O evento mais tradicional, que acontece em Blumenau (SC), celebra 40 anos em 2025, o que dá a dimensão da popularidade da amizade entre as culturas.
Para o especialista em Contabilidade Internacional e Negócios Brasil-Alemanha, com atuação em 14 grupos internacionais, William Xavier, essa é uma verdadeira celebração de patrimônio compartilhado. “Para investidores, a proximidade cultural é mais do que uma curiosidade. Torna-se um ativo valioso, já que as tradições compartilhadas frequentemente se traduzem em confiança, negociações mais fluídas e uma base mais sólida para parcerias de longo prazo”, analisa Xavier, que é CEO da Integrance Finance & Consulting e também é referência em reportes internacionais, contabilidade estratégica e comunicação intercultural Brasil-Alemanha.
A relação Brasil-Alemanha mostra que a cultura é um catalisador para oportunidades de comércio. A Alemanha é o terceiro maior fornecedor do Brasil, tendo o País importado mais de US$13 bilhões do mercado alemão em 2023. Os produtos vindos da Alemanha são, quase que em sua totalidade (99,5%), bens da indústria de transformação.
Além da Oktoberfest, a cooperação bilateral se estende ao turismo, à educação, à tecnologia e a parcerias industriais. E nessa análise, esses setores prosperam quando a afinidade cultural reduz barreiras e promove colaboração mútua. “O soft power, nesse contexto, torna-se tangível. Festivais, gastronomia e patrimônios compartilhados ajudam a construir um ambiente de confiança necessário para investimentos sustentáveis e cadeias de suprimentos resilientes”, finaliza o especialista.