A Agência Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis, sigla no alemão) divulgou nesta quarta-feira (3) o resultado do último Microcenso Demográfico e destacou que a população jovem do país diminuiu cerca de 2 milhões no período de 2000 a 2010. No último ano, o número de menores de 18 anos era de apenas 13,1 milhões.
Segundo o presidente da agência, Roderich Egele, a tendência deve permanecer e a previsão é de que em 2060, somente uma em cada sete pessoas será menor de idade. Na virada do milênio, um quinto da população alemã era formado por crianças e adolescentes.
O estudo mostrou também que existem grandes diferenças entre o leste e o oeste alemão, no que diz respeito ao número e às condições de vida das crianças. "Mais alarmante é a situação no leste da Alemanha: em 2010 havia ali quase 29% menos crianças do que há 10 anos", informou o presidente do Destatis durante a conferência de imprensa. Na parte oeste do país, a redução foi menor (10%).
Outros assuntos abordados pelo presidente do Destatis se referem à estrutura familiar: 79% das famílias são formadas por casais oficialmente casados, enquanto 15% das crianças crescem com pais solteiros. No oeste alemão, a situação é novamente um pouco diferente: 58% das crianças vivem com pais casados e 24% somente com a mãe ou o pai. Em geral, mais de 50% dos pais e mães alemães trabalham fora.
Conforme documento da instituição, a oferta de creches e escolinhas infantis para crianças de até três anos aumentou nos últimos anos. No entanto, ainda são necessárias mais 280 mil novas vagas para se alcançar o número total de 750 mil planejados pelo governo até 2013.
Quanto ao risco de pobreza, as crianças não estão mais expostas do que o restante da população. De acordo com uma pesquisa de 2008, 15% da população adulta alemã vivia no limite da pobreza e o número de crianças nesta mesma situação se igualava.