Segundo pesquisa do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas que vivem sozinhas no país é de 6,9 milhões, três vezes mais que em 1991. O Instituto acrescenta que os principais fatores para a consolidação desse cenário são o aumento da renda dos brasileiros em geral e o envelhecimento da população.
As moradias com apenas uma pessoa já representam 12% da população, enquanto que as residências com cinco habitantes são 10% do total. Somente a cidade de São Paulo tem aproximadamente 500 mil casas ocupadas por apenas um morador.
Atualmente, como o mercado dos solteiros movimenta cerca de R$ 1,1 bilhão por mês, sendo os principais gastos com alimentação e higiene pessoal, o setor imobiliário resolveu aproveitar o potencial desses consumidores.
Assim, aumentou a comercialização de imóveis de um dormitório, representando 13,3% das vendas na capital paulista em maio, segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo, Secovi. O custo desses imóveis fica em torno de R$ 331 mil.
Nos últimos 20 anos, o número de pessoas vivendo sozinhas aumentou consideravelmente também em países europeus. O pequeno município de Regensburg, na Alemanha, ocupa a posição de cidade alemã com maior número de solteiros, que vivem sós.
Uma pesquisa feita pela empresa GfK GeoMarketing revelou que 55,8% dos habitantes da cidade moram sozinhos e que a proporção de famílias sem filhos no país é de 31,1%, ultrapassando aquelas que têm criança, 29,4%.
Um dos motivos para que Regensburg ocupe tal posição é que, na maioria dos países da Europa, há muitas universidades e centros de estudos concentrados em pequenas e médias cidades.