Europeus com alto poder aquisitivo adquiriram e gastaram menos com produtos de luxo no ano passado, revelou uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey & Company.
Segundo a pesquisa, consumidores de luxo da Alemanha, França, Itália e Grã-Bretanha estão mais atentos aos preços e apresentam uma mudança de hábito: "30% deles estão dispostos a gastar menos com produtos tangíveis para investir mais em viagens, estadias em spas e restaurantes", explicou Thomas Tochtermann, especialista na indústria de produtos luxo da McKinsey.
"Essa tendência de trocar produtos de luxo por serviços de luxo é visível em todas as nações europeias observadas no estudo – com variações de 27% (alemães) a 33% (italianos) dos compradores sofisticados", completou.
Apesar dessa mudança de hábito, o mercado de luxo europeu continua crescendo e, em 2011, foi responsável por 36% do faturamento mundial do setor. No entanto, os pesquisadores atribuem grande parte desse crescimento europeu ao aumento na entrada de turistas na região, principalmente vindos da China, Japão e Rússia.
A pesquisa revelou também uma diferença nas preferências dos consumidores de luxo da Europa: os alemães preferem gastar com roupas caras, já os franceses investem mais em perfumes e o ingleses em cosméticos, enquanto os italianos gastam de forma igual em quase todas as categorias de produtos.
Para a pesquisa foram entrevistados 4,5 mil consumidores de luxo da Alemanha, França, Itália e Grã-Bretanha.
