Desejo de emigração cresce entre os alemães

Um estudo do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica de Berlim (DIW Berlin) aponta que, em 2009, uma em cada oito pessoas tinha planos de deixar a Alemanha. Isso resulta em um potencial de emigração de mais de 660 mil alemães no período de um ano.


Baseado em números dos últimos anos, Jürgen Schupp, especialista do Instituto, afirma que a situação não é preocupante, visto que há diferenças significativas entre a intenção de deixar o país e a emigração efetiva.


Desempregados e profissionais que já têm famílias pensam mais raramente sobre o assunto. A pesquisa mostra que o desejo é maior entre os jovens, que vêem na mudança para outros países chances de melhoria da situação financeira e uma oportunidade de se especializar mais profissionalmente.


“Jovens altamente qualificados pensam mais frequentemente em emigrar. Entretanto, eles querem sair do país só por um período”, comenta Elisabeth Liebau, co-autora do estudo.


Os autores do estudo concluem que a disposição dos alemães à mobilidade é um fator positivo.


“Muitos profissionais deixam a Alemanha para se especializar no exterior. Se a maior parte deles volta, a emigração tem impactos positivos a longo prazo”, explica Schupp.


Ele ainda esclarece que especialmente para um país com recursos naturais tão escassos, como a Alemanha, a qualificação da população é o maior capital.

REGIERUNGonline / Photothek / Grabowsky
REGIERUNGonline / Photothek / Grabowsky