Em 1910, mulheres em todo o mundo reinvidicavam pelo direito à expressão e por melhores condições de vida e trabalho. Embora as desigualdades tenham diminuído, hoje, 100 anos depois, elas ainda recebem salários menores e são minoria nos cargos de chefia das grandes empresas.
De acordo com o Instituto de Economia Alemã de Berlim (DIW), as mulheres preenchiam, em 2010, apenas 3,2% dos assentos mais importantes nas 200 maiores companhias alemãs. Um outro estudo, dessa vez de um instituto brasileiro, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mostra que as brasileiras ganham apenas 76% dos salários pagos aos homens.
Adriana Belmiro da Silva, da alemã ebm-papst Brasil, é um exemplo de que essa realidade pode ser mudada. Num mercado dominado por homens, ela é a única mulher no país à frente de uma multinacional especializada no segmento de motores ventiladores. A engenheira elétrica preside a diretoria da companhia há mais de três anos e foi responsável por mudanças importantes na unidade de Cotia, em São Paulo.
“Esse é um mercado no qual os profissionais não estão acostumados com a liderança das mulheres. Apesar disso, é possível conquistar a confiança demonstrando qualificação e competência técnica”, afirma Adriana.
O número de mulheres com formação superior tem crescido mais rapidamente do que o de homens. De acordo com o Dieese, atualmente, 53,6% da População Economicamente Ativa (PEA) com nível superior é composta por mulheres.
Para a instituição, se esse ritmo for mantido, “é de se esperar que, em poucos anos, as mulheres também passem a ser maioria no conjunto dos ocupados”.