O calçado é um dos equipamentos mais importantes em qualquer tipo de esporte. A alemã LANXESS, especializada em produtos químicos e polímeros, desenvolveu produtos de plástico e borracha que constituem os cravos das chuteiras de futebol.
De acordo com a companhia, com a exceção do futebol de salão, todas as chuteiras têm cravos removíveis ou adaptáveis que ajudam o atleta a não escorregar. Os cravos mais comuns são os removíveis, que podem ser introduzidos na sola individualmente e são em geral feitos de plástico ou borracha. No caso dos cravos adaptáveis, eles fazem parte da sola e não podem ser removidos.
“A tecnologia das solas é similar à usada em pneus modernos de economia de combustível”, explica Martin Mezger, especialista em produtos de borracha da LANXESS. “A tecnologia de sílica, que concede uma boa aderência aos pneus e faz com que eles sejam econômicos, também garante que os calçados de corrida tenham uma boa aderência mesmo com a pista molhada”, completa Mezger.
Krynac é o nome do material da empresa utilizado nesse tipo de aplicação e que dá mais resistência à corrosão, durabilidade e flexibilidade ao produto. Os corredores de longas distâncias, mais especificamente, são os que necessitam de propriedade adicionais de amortecimento e elasticidade. “Quando corremos, o impacto pode ser três vezes o nosso peso corporal”, afirma Mezger. “E isso coloca uma grande tensão nas articulações a longo prazo.”
As entressolas feitas de uma borracha moderna de alta performance agem como um amortecedor ou uma almofada entre o pé e o chão rígido. O Levapren da LANXESS é um exemplo de tal material. Plásticos de alta performance da unidade de Materiais de Alta Performance da empresa são incorporados às solas das chuteiras modernas de futebol, como o Tepex. O produto reforça a sola, ao mesmo tempo que é leve.
A borracha de etileno vinil acetato (EVM, na sigla em inglês) tem um efeito amortecedor e estabilizante. “Dependendo do estilo de corrida do atleta, um material macio é construído no calcanhar para a absorção de choques, enquanto o material elástico é usado na planta do pé para que seja escoada o mínimo de energia cinética possível”.
Segundo a LANXESS, durante o processo de fabricação, a borracha sintética é primeiramente misturada com agentes de enchimento, ligação cruzada e formação de espuma, e depois amassada e laminada antes de finalmente ser espumada em exposição ao calor. “Ao variar o volume de acetato de vinil, podemos ajustar precisamente o efeito de amortecimento e elasticidade”, afirma Mezger.