Estudo mostra alterações demográficas na UE

A União Europeia (UE) passa por importantes alterações demográficas. Enquanto a população envelhece e a expectativa de vida aumenta cada vez mais, a taxa de fertilidade volta a crescer, mas ainda está abaixo do necessário. Os dados fazem parte do terceiro Relatório Demográfico publicado pela Comissão Europeia em conjunto com a Agência Federal de Estatísticas da Europa (Eurostat).


Segundo o estudo, nos últimos 50 anos, a expectativa de vida nos 27 países do bloco europeu aumentou em 10 anos, ficando em 82,4 anos para as mulheres e 76,4 anos para os homens, conforme dados de 2008. A cada ano, a longevidade aumenta em dois a três meses.


“A expectativa de vida está aumentando, enquanto força de trabalho da Europa está diminuindo e, em alguns estados-membros, isso está acontecendo muito rápido. Temos de adaptar nossas políticas para promover um melhor equilíbrio entre trabalho e vida, para que os pais possam ter filhos, continuando a trabalhar. Precisamos também de políticas para incentivar os europeus a permanecerem ativos por mais tempo”, destacou o Comissário da UE para o Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, László Andor.


Fertilidade


Depois de uma queda acentuada entre anos anos 1980 e o início dos anos 2000, a taxa de fertilidade na UE está novamente em expansão. Em 2003, a taxa era de 1,47 filhos por mulher e, em 2008, passou para 1,60. Para que a população europeia atinja o equilíbrio, no entanto, é necessário que o índice seja de 2,1 filhos por mulher, aponta o relatório.


Os países com maiores taxas de fecundidade são a Irlanda (2,07), a França (2,00), o Reino Unido (1,96 em 2008) e a Suécia (1,94). As menores taxas foram observadas na Letônia (1,31), na Hungria e em Portugal (ambos com 1,32) e na Alemanha (1,36).


Imigração


O crescimento populacional entre os estados-membros tem sido impulsionado, principalmente, pelos imigrantes. Conforme o relatório, cerca de 3 milhões de estrangeiros por ano se instalaram na União Europeia entre 2004 e 2008.


A Alemanha (com 7,1 milhões de estrangeiros), a Espanha (com 5,7 milhões), o Reino Unido (com 4,4 milhões), a Itália (com 4,2 milhões) e a França (com 3,8 milhões) concentram quase 80% dos cidadãos estrangeiros que vivem na UE.

SXC
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