Estudantes da Alemanha, Romênia, China e Brasil têm uma visão completamente positiva sobre suas oportunidades de carreira. Ao mesmo tempo em que almejam uma carreira profissional de sucesso, também desejam ter tempo para conciliar interesses pessoais e família, segundo a Sondagem Estudantil de 2013 promovida pela alemã Continental.
Na pesquisa – com foco nas expectativas de jovens estudantes em relação ao mercado de trabalho, profissão e carreira – o Instituto Europeu de Ciências Sociais Aplicadas (Infas) entrevistou mais de 1.000 alunos em cada país com formação superior nas áreas de Engenharia, Ciências Naturais, Matemática, Tecnologia da Informação (TI) e Economia.
De acordo com o estudo, 80% dos brasileiros mostram maior grau de autoconfiança, classificando suas chances de carreira como (muito) boas. Na Alemanha, 72% dos jovens avaliam positivamente as oportunidades profissionais. Já na China e Romênia, 69% e 63%, respectivamente, consideram suas perspectivas como (muito) boas.
Relação vida-trabalho e diversidade
Sem exceção, a sondagem aponta que “segurança financeira” e “família e relacionamentos” são vistos como os aspectos centrais da vida no início de uma carreira. Estudantes romenos e brasileiros consideram esses fatores como de alta prioridade. Na Alemanha, “profissão e trabalho” estão no topo da lista, seguidos de “família e relacionamentos” e “segurança financeira”. Já na China, “treinamento e qualificação” ainda são taxados como mais importantes que “família e relacionamentos” e “profissão e trabalho”. “Treinamento e qualificação” estão em terceiro lugar no Brasil e na Romênia.
Enquanto que um em cada dois alunos vê homens e mulheres como iguais em todas as áreas da sociedade na Romênia (57%), assim como na China e Brasil (ambos com 51%), apenas um em cada três alemães partilha da mesma opinião. Segundo o estudo, mais estudantes do sexo masculino do que feminino, na Alemanha, enxergam que a igualdade de gêneros foi alcançada por todas as áreas da sociedade (36% e 21%, respectivamente). Nos outros países analisados, alunos e alunas são bastante próximos na avaliação de igualdade social de gêneros – na China, homens: 53% e mulheres: 48%; na Romênia, 58% e 57%, respectivamente; no Brasil, 54% e 47%, respectivamente.
Trabalho no exterior
Em relação às perspectivas de trabalho fora do país, a sondagem mostra que os Estados Unidos são grandemente estimados pelos entrevistados, quando questionados sobre o local em que gostariam de trabalhar em algum momento do futuro. 78% dos brasileiros, 74% dos chineses, 65% dos romenos e 53% dos alemães se enxergam profissionalmente lá. Além deles, foram apontados a Suíça (71% dos chineses e 60% dos alemães) e o Oeste da Europa (70% dos romenos). Uma oportunidade de trabalho levaria 74% dos brasileiros para a Europa.
Principalmente, uma remuneração acima da média torna um trabalho mais atrativo para a maioria dos estudantes entrevistados: Brasil (55%), China (51%) e Alemanha e Romênia (ambos com 45%). Trabalhar por um tempo limitado no exterior é particularmente considerado importante para jovens alemães, chineses e romenos (42%, 32% e 20%, respectivamente).
Os dados apontam que 87% dos alunos alemães, 79% dos brasileiros, 67% dos chineses e 65% dos romenos veem os compromissos familiares como a razão mais importante para recusar uma oportunidade de trabalho no exterior. Amigos e conhecidos ficam em segundo lugar (Alemanha: 51%, Brasil: 34% e Romênia e China: 32%).