Falta de higiene é problema nos hospitais alemães

Uma a cada três pessoas que trabalham em um hospital ou clínica de saúde na Alemanha acredita que o local não está limpo o suficiente. A preocupação foi levantada por uma enquete online conduzida pelo Jornal Marburger Bund, de uma associação de médicos da Europa, em parceria com o portal klinik.de, em 2010.


As condições sanitárias das clínicas são avaliadas como ruins por 27% dos profissionais de saúde e 35% dos seus pacientes. Somente 6% dos médicos e enfermeiros não têm reclamações relativas à higiene do local onde atuam.


“Esses números mostram que o governo precisa agir rapidamente para não perder a confiança da população e para evitar maiores danos”, diz a Dra. Bettina Horster, diretora do Conselho Administrativo da kliniken.de.


Para a Dra. Bettina, é inacreditável que os hospitais não se preocupem com a qualidade de seu atendimento e nem se importem mais em manter suas dependências limpas.


O descaso dos estabelecimentos de saúde é ainda mais alarmante quando observado o número de pacientes afetados pela falta de higiene dos mesmos. Segundo estimativas do Instituto Robert-Koch, por ano, aproximadamente 500 mil pessoas contraem algum tipo de infecção hospitalar na Alemanha. Desse total, cerca de 20 mil a 40 mil não resistem e morrem.


Para reverter esse quadro, o governo pretende instituir, em breve, um pacote de medidas que eleve o padrão de higiene nas clínicas alemãs. Lavar as mãos antes de atender o próximo paciente e usar material estéril passará a ser obrigatório em todos os 2 mil estabelecimentos de saúde do país.

SXC
SXC