Passados mais de 25 anos da reunificação, Leipzig é uma das cidades mais dinâmicas da Europa, com a população de mais rápido crescimento em toda a Alemanha. Segundo o Mashable, o maior site de notícias independente do mundo para a geração conectada, a cidade é destino global no 1 para os chamados yuccies – abreviação, em inglês, para os jovens criativos urbanos. Nesse cenário, o antigo distrito industrial de Plagwitz tornou-se a sede principal das empresas inovadoras e criativas, repletas de galerias e distintos espaços culturais.
Para melhor compreender essa transformação, vale voltar ao passado. Após o colapso de sua base industrial – produção de maquinário, mineração e indústria têxtil –, a antiga cidade da então Alemanha Oriental e seus residentes tiveram que reinventar o futuro. Dessa forma, inúmeros edifícios até então ocupados por fábricas, após um período de renovação, testemunham, num processo contínuo, a conversão criativa e a abertura de novos points culturais. Exemplo disso é o Spinnerei. Fundada em 1884, foi a maior fábrica de algodão da Europa Continental e, desde o seu desmantelamento, em 1992, sofreu mudanças constantes. Hoje, o local abriga 11 galerias, uma incubadora para startups, salas de exposições e estúdios de mais de uma centena de artistas, que fizeram de lá um verdadeiro celeiro de arte. A figura-chave da chamada “Escola Nova de Leipzig” é o artista Neo Rauch, que foi o primeiro a montar estúdio em Spinnerei. Hoje, a cena dinâmica da arte de Leipzig goza de uma excelente reputação em todo o mundo e, três vezes por ano, para o Spinnerei Gallery Tour, todas as galerias e espaços de exposições abrem novas mostras. A próxima ocorrerá em 15/16 de setembro (www.spinnerei.de).
Outra parada obrigatória nesse circuito é Kunstkraftwerk, recentemente reaberto para a estreia alemã da instalação “Hundertwasser Experience”, a “Immersive Art Factory”, um grupo internacional de artistas em torno do italiano Gianfranco Iannuzzi que transformou a antiga usina de aquecimento em um mundo colorido, animado, envolvente e imersivo. Graças às instalações de vídeo, os visitantes podem, até 24 de agosto, mergulhar nas obras de Friedensreich Hundertwasser, pintor e arquiteto (www.kunstkraftwerk-leipzig.com).
Por sua vez, o Asisi Panometer, situado em um antigo gasômetro ao sul de Leipzig, tornou-se um dos highlights culturais da cidade. Aqui, Yadegar Asisi (artista local) criou o maior projeto panorâmico de 360° do mundo. Atualmente, o público pode se maravilhar com o projeto “Titanic”, que evoca o naufrágio mais famoso de todos os tempos. Um cenário de luz artificial permite ao visitante descobrir as trágicas proporções desse desastre, com direito a visualizar o casco partido e objetos da luxuosa embarcação que afundou em 1912. A experiência panorâmica se completa e fica ainda mais envolvente com a trilha de acompanhamento, assinada pelo compositor de filmes Eric Babak, e com os efeitos sonoros que refletem a época a situação do navio afundado, combinando a herança do século 19 com as capacidades técnicas do século 21 (www.asisi.de)
Para quem deseja conhecer outras dicas culturais e de lazer de Leipzig, o site www.hidden-leipzig.com simplifica: apresenta 143 dicas específicas que agradam em cheio a todas as tribos.
Foto: Divulgação DZT – Centro de Turismo Alemão