No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, seis equipes formadas apenas por mulheres do Lufthansa Group fizeram os voos matutinos para Berlim. Os jatos que saíram de Frankfurt, Munique, Düsseldorf, Viena, Zurique e Bruxelas foram comandados por duas pilotas.
“Nós prestamos atenção em potenciais colaboradoras em nossos canais de inscrição e fornecemos um ambiente de trabalho favorável, mostrando que família e trabalho podem ser reconciliados. Isso nos permite atrair mais jovens mulheres para profissões que são supostamente masculinas, como a de piloto”, diz Dra. Bettina Volkens, diretora de Recursos Humanos Corporativos e Assuntos Jurídicos da Lufthansa.
No ano de 2010, um avião da Lufthansa Cargo decolou com uma tripulação inteiramente feminina. Hoje em dia, as mulheres na cabine de controle não são mais uma exceção. Cerca de 6% dos pilotos do Grupo são do sexo feminino e a porcentagem vem aumentando continuamente nos últimos anos. Cerca de 80% da equipe são mulheres. A empresa recebeu a aprovação da Gesellschaft für Deutsche Sprache (Associação para a Língua Alemã, em tradução livre) para a nova palavra alemã “Kapitänin” (feminino de “Kapitän” = capitão), para se referir ao crescente número de pilotas.
As mulheres desempenham um papel fundamental não apenas no avião. Seja no pátio de aeronaves ou no centro de logística, cada vez mais elas estão optando por empregos mais técnicos, como Christina Schultheis. Ela é agente de Operações Terrestres desde 2012, onde trabalha em um sistema de dois turnos desde que concluiu seu treinamento como especialista em Serviços de Aviação. A colaboradora tem duas horas para dar manutenção a um voo longo, o que inclui a limpeza da cabine, o reabastecimento, carregar cargas e bagagens e embarcar os passageiros. Cerca de um quarto dos agentes de operação em terra são mulheres. “É meu trabalho que cada voo saia com segurança, eficiência e tempo”, diz Schultheis. “Somos a ligação entre os passageiros, tripulação, torre, limpeza, catering e carga – falamos com todos. Eu particularmente gosto da diversidade e responsabilidade que vem com esse trabalho”.
Além dos domínios supostamente masculinos, aumentar o percentual de mulheres na administração é outro objetivo do Grupo Lufthansa. “Estamos bem no nosso caminho para atingir essa meta, graças à introdução de um processo transparente de postagem de emprego e da utilização de recrutamento com critérios de diversidade”, diz Volkens.
Em 2011, a companhia e outras grandes empresas alemãs estabeleceram metas voluntárias para aumentar o número de colaboradoras na administração. Até 2020, o objetivo é ter 30% mais mulheres em comparação a 2010.
Foto: Divulgação Lufthansa