Surto de bactéria se espalha rapidamente na Alemanha

O surto de Escherichia coli (E.coli) na Alemanha, que já matou 16 pessoas e têm mais de 1 mil casos registrados em todo o País, foi qualificado como grave e “incomum” pela organização Mundial de Saúde (OMS). Motivo desta classificação é a rapidez com a qual a bactéria se espalhou e o fato de grande parte dos contaminados serem adultos (86%), mas principalmente mulheres (67%), e não o típico grupo de risco, como crianças e idosos.


A região mais afetada é o norte da Alemanha, onde o número de casos e suspeitas cresceu muito rapidamente. Enquanto na Baixa Saxônia foram registrados 344 casos da doença, dos quais 250 já foram confirmados por exames de laboratório, em Hamburgo o número de suspeitas ultrapassa os 600, sendo 80 casos registrados somente no dia de ontem, conforme informou a Senadora da Saúde de Hamburgo, Cornelia Prüfer-Storcks, durante uma coletiva de imprensa. Além disso, o número de casos graves da doença na região aumentou para 68.


As autoridades responsáveis ainda não conseguiram definir a origem exata da contaminação. “Não sabemos qual é a origem do problema, mas estamos pedindo que todos os países fiquem alertas e cooperem com as investigações”, ressaltou a médica Hilde Kruse, gerente do programa de segurança alimentar da OMS.”


De acordo com notícias publicadas nesta quarta-feira (1) na imprensa alemã, não foi comprovada a existência da bactéria causadora da epidemia nos pepinos espanhois analisados, a principal hipótese levantada até então. Mas a senadora alemã informou que “folhas de alface, tomates e pepinos são os mais prováveis agentes da contaminação”. O consumo destes alimentos deve ser evitado.


Os sintomas da contaminação são diarreia e dores no abdômen. O agravamento da infecção, a chamada síndrome hemolítica urêmica (HUS, sigla em inglês), causa diarreia hemorrágica e danos sérios ao fígado, podendo levar à morte, em alguns casos.

SXC
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