No ano passado, foram contabilizados 42 milhões de profissionais que atuam em meio turno na União Europeia (UE) e, de acordo com um relatório divulgado pelo Eurostat – Gabinete de Estatísticas da UE, 8,6 milhões deles têm a intenção de trabalhar mais horas. Este número representa 20,5% dos empregados de meio período e 4% do total de pessoas trabalhando no bloco europeu.
A principal motivação para que essas pessoas queiram um trabalho de tempo integral é conquistar salários maiores.
No entanto, para deixar o que o Eurostat define como subemprego, é necessário obter formação e capacitação mais avançadas do que as exigidas para as ocupações de tempo parcial, que em sua maioria respondem ao setor de serviços.
O país com o maior percentual de pessoas buscando vagas de jornada completa é a Grécia, maior afetada pela crise do euro, que enfrenta cortes de gastos e altos índices de desemprego.
Atualmente, 58% dos gregos entre 15 e 74 anos trabalham em regime de tempo parcial. Já a Letônia tem 57% dos trabalhadores na mesma condição, seguida pela Espanha, com 49%, e Chipre, com 42%.
As menores proporções registradas são na Holanda e na Bélgica, ambas com 3%. Nesses países, os empregos com jornada de trabalho reduzida pela metade são frequentes sobretudo entre mulheres e estrangeiros, e pagam salários médios. Na comparação com os dados de 2010, os números continuam estáveis.
Na ocasião, cerca de 41,3 milhões de pessoas estavam trabalhando em regime de tempo parcial na União Europeia e 8,5 milhões delas pretendiam mudar de posição.
Situação na Alemanha
Na Alemanha, 26,5% do total de vagas ocupadas correspondem a ofícios de meio período e 18,7% destes trabalhadores buscam empregos de jornada completa.
Ainda, segundo o Instituto Alemão para Pesquisas Econômicas de Berlim (DIW, sigla em alemão), trabalhos com carga horária de meio turno aumentaram 40% na última década no país. Com isso, embora a taxa de ocupação tenha aumentado, o número de horas trabalhadas diminuiu.