Alemanha: 25 anos de sua reunificação


1990 até 1996 – Da reunificação até à reurbanização da praça Potsdamer Platz.


1990 – Alemanha reunificada. Em 3 de outubro, entra em vigor o Tratado da Unidade Alemã. Os Estados da RDA passam a integrar a área de vigência da Lei Fundamental. Antes, o Tratado 2+4 entre os ministros do Exterior das duas Alemanhas e das potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial havia aplainado o caminho para a reunificação.


1991 – Nova sede de governo. Em janeiro, realiza-se, no prédio do Reichstag em Berlim, a sessão de constituição do primeiro Bundestag unificado. Em seguida, os deputados voltam a reunir-se em Bonn. Mas, em 20 de junho, o Bundestag vota a favor de Berlim como nova sede para o parlamento e o governo. Oito anos depois, os parlamentares mudam-se finalmente para o prédio do Reichstag.


1992 – Superação do passado. Os cidadãos conseguem acesso às montanhas de arquivos do Ministério da Segurança do Estado da RDA (Stasi), que os vigiou durante décadas. O departamento do encarregado federal para os arquivos do Stasi, Joachim Gauck, sofre uma avalanche de requerimentos para leitura dos arquivos.


1993 – “Reconstrução do Leste”. Em 13 de março, aprova-se o Pacto de Solidariedade ao Leste (mais tarde, Pacto de Solidariedade I). Através dele, os cinco novos Estados federais recebem, até o fim de 2004, um total de 94,5 bilhões de euros para a “Reconstrução do Leste”, sobretudo econômica. De 2005 a 2019, o Pacto de Solidariedade II assegura outros 156 bilhões de euros aos novos Estados.


1994 – Despedida dos Aliados. Sob intensos aplausos da população berlinense, as tropas dos aliados ocidentais promovem em 18 de junho uma última parada conjunta; sua presença na capital termina oficialmente em 8 de setembro. Os últimos soldados russos também deixam Berlim e despedem-se com uma marcha cantada em alemão.


1995 – Espetacular ação artística. Christo e Jeanne-Claude empacotam o prédio do Reichstag, em Berlim, por duas semanas no verão. A ação atrai cinco milhões de pessoas: um ápice cultural para a cidade reunificada.


1996 – Moderno centro em Berlim. A completa reurbanização da praça Potsdamer Platz em Berlim ganha velocidade. Mas, antes que os arquitetos, tais como Renzo Piano e Arata Isozaki, concluam suas obras de arte, o maestro Daniel Barenboim rege, em 26 de outubro, um “Balé dos Guindastes”.


1997 até 2004 – Da Love Parade em Berlim até a ampliação da UE.


1997 – Berlim treme. A Love Parade reúne, em 12 de julho, pela primeira vez, mais de um milhão de participantes. De todo o mundo chegam fãs da música tecno para percorrer a Avenida 17 de Junho ao som de beats eletrônicos.


1998 – Em memória do Muro. Como primeiro elemento do memorial do Muro de Berlim, é inaugurado, em 13 de agosto, um monumento para lembrar a divisão alemã e as vítimas do muro. Duas paredes de aço cercam um trecho do Muro. Em 1999, um centro de documentação complementa o memorial e, em 2000, uma “capela da reconciliação” é acrescentada.


1999 – Coroação cultural. Weimar, cidade dos príncipes da poesia Goethe e Schiller, é Capital Cultural da Europa. O antigo centro do classicismo alemão e da arte Bauhaus encanta seus visitantes. Em 1999, a cidade recebe sete milhões de turistas.


2000 – Exposição mundial. De 1º de junho a 31 de outubro, realiza-se a primeira exposição mundial na Alemanha: a “EXPO 2000”. A cidade de feiras Hannover convida o mundo com o slogan “Homem, Natureza, Tecnologia”. Cerca de 18 milhões de pessoas visitam a Expô.


2001 – Bayern é o número um. O FC Bayern de Munique, o clube alemão de futebol internacionalmente mais conhecido, vence a Liga dos Campeões em 23 de maio. Após sua coroação no futebol europeu, o time de Munique também conquista, seis meses depois, o título mundial interclubes.


2002 – Solidariedade na catástrofe. Após chuvas intensas, a Alemanha sofre inundações. Sobretudo os Estados orientais da Alemanha sofrem com a enchente do rio Elba. Mas toda a Alemanha ajuda: voluntários de todas as regiões do país apoiam os bombeiros, a defesa civil, a Cruz Vermelha alemã e as Forças Armadas; as doações chegam a 500 milhões de euros.


2003 – Verão do século. Uma onda de calor proporciona o mês de agosto mais quente desde o início dos registros climáticos. O rio Reno atinge seu nível mais baixo de profundidade.


2004 – Expansão europeia. Em 1º de maio, entra em vigor a ampliação da UE com a adesão de dez países, principalmente da Europa Central e Oriental. Na fronteira entre Frankfurt do Oder e Slubice, a Alemanha festeja com a Polônia, seu vizinho e novo parceiro de UE. Os ministros do Exterior alemão e polonês apertam as mãos na ponte que liga as duas cidades às margens do rio Oder.


2005 até 2010 – Da reconstrução da Frauenkirche até a Expô em Xangai.


2005 – Frauenkirche, símbolo da paz. Sessenta anos após sua destruição na Segunda Guerra Mundial, a reconstruída Igreja de Nossa Senhora (Frauenkirche) brilha novamente em Dresden. Em 30 de outubro é reinaugurada.


2006 – Alegre festa do futebol. A Copa do Mundo de futebol masculino é vivida como um “sonho de verão” esportivo pelos anfitriões alemães. A equipe do país fracassa na semifinal diante da Itália, que depois se torna campeã. O ambiente alegre e pacífico no país proporciona uma verdadeira festa do futebol.


2007 – Encontro de cúpula mundial. Os chefes de Estado e governo dos sete países mais industrializados e da Rússia reúnem-se na cidade balneária Heiligendamm, no mar Báltico, em Mecklemburgo. No centro do encontro de cúpula do G8 estão conversações sobre uma estratégia global de proteção ao clima, assim como medidas de ajuda à África para o combate à AIDS, malária e tuberculose.


2008 – Bonn contra a biopirataria. Em maio, reúne-se em Bonn a 9ª Conferência da ONU para a defesa da diversidade biológica. Os países membros declaram guerra sobretudo à biopirataria. Até a conferência seguinte em outubro de 2010 no Japão, a Alemanha exerce a presidência da respectiva convenção e empenha-se contra a exploração predatória dos recursos biológicos.


2009 – Festa da Queda do Muro. A Alemanha festeja, em 9 de novembro, com visitantes de todo o mundo, os 20 anos da Queda do Muro. Uma imponente queima de fogos ilumina o céu sobre o Portão de Brandemburgo. Antes, 1000 peças gigantes de dominó são derrubadas.


2010 – Visão futurista. “Cidade melhor, vida melhor” é o slogan da Expo em Xangai, China. A Alemanha apresenta o pavilhão ecologicamente correto “balancity”, com uma proposta de equilíbrio entre natureza e cidade moderna.


2011 até 2015 – Da resolução para a virada energética até o jubileu dos 25 anos da Unidade Alemã.


2011 – Virada energética acelerada. Após a catástrofe da usina nuclear japonesa de Fukushima, o governo federal decide que a Alemanha abandonará a energia atômica até 2022 – bem mais cedo que o planejado. Além disto, até 2020, as emissões de gases do efeito estufa deverão ser reduzidas em 40?% em relação aos níveis de 1990.


2012 – Novo chefe de Estado. A Assembleia Nacional elege o antigo defensor de direitos civis na RDA e ex-chefe do arquivo de documentos do Stasi, Joachim Gauck, como décimo primeiro presidente federal da República Federal da Alemanha. O tema da vida de Gauck também predomina no seu discurso de posse: a liberdade.


2013 – Graves inundações. Em vários países da Europa central, os rios transbordam após chuvas intensas e de longa duração. Também a Alemanha é atingida mais uma vez, o nível das águas supera até mesmo o da chamada “inundação do século” de 2002. Os danos são enormes, sobretudo ao longo do rio Elba.


2014 – Título de tetracampeão. A Alemanha vive um sonho futebolístico de verão no Brasil. Na final da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, a seleção nacional alemã do técnico Joachim Löw vence a Argentina pelo placar de 1 a 0. Para a Alemanha, foi o quarto título mundial, após 1954, 1974 e 1990.


2015 – Unidade vivida. A Alemanha recorda a reunificação, há 25 anos. O lugar das festividades centrais, no dia 3 de outubro, é Frankfurt do Meno. Para a festa popular de três dias, a cidade conta com cerca de um milhão de visitantes.


 


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