A exposição antológica “Canções sem Palavras” e o livro homônimo homenageiam a memória da pintora, aquarelista e desenhista Gisela Eichbaum (1920-1996), nascida na Alemanha e exilada com a família em 1935 no Brasil, onde desenvolveu toda a sua carreira. A mostra, que exibe cerca de 50 de suas obras, faz parte da programação oficial da Temporada da Alemanha no Brasil e começou nesta terça-feira (19) na Galeria Berenice Arvani, em São Paulo, e vai até o dia 13 de dezembro.
Presente em exposições e coleções nacionais e internacionais desde 1952, Eichbaum tornou-se a partir dos anos 1970 uma importante representante da corrente da Abstração Lírica, ao lado de sua grande amiga Yolanda Mohalyi e de Manabu Mabe, Wega Nery, Henrique Boese e Tomie Ohtake. Sua obra é caracterizada pelo colorismo – o máximo de expressão por meio de equilíbrio e graduação de valores cromáticos – e pela fluência “musical” de linhas e formas. Em 1993 e 1994, a artista recebeu dois prêmios de Melhor Desenhista do Ano, conferidos pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
A exposição foi organizada por Antonio Carlos Suster Abdalla e marca o lançamento do livro Gisela Eichbaum – Canções sem Palavras (versão bilíngue português-inglês).
O Arquivo do Exílio da Biblioteca Nacional da Alemanha também lembra a artista, incluindo-a na mostra histórica “…olhando mais para frente do que para trás…- O Exílio de Língua Alemã no Brasil 1933-1045″, que foi inaugurada no dia 7 de outubro na cidade de Frankfurt, na Alemanha, e está programada para acontecer no Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades brasileiras.
A Galeria Berenice Arvani fica na Rua Oscar Freire, 540, no bairro Cerqueira César.
Para mais informações, acesse: http://www.giselaeichbaum.com.br/pt/desenho_do_invisivel.php.