Distantes uma hora de avião uma da outra, Viena e Berlim querem se tornar um destino conhecido pelo público brasileiro. Para atrair esses turistas, sobretudo das classes mais elevadas, a “Turismo Viena” e o “visitBerlin”, órgãos oficiais de turismo das cidades, lançaram uma campanha conjunta de marketing de destino, nesta terça-feira (5), em São Paulo.
O foco no turismo de luxo é visto como um nicho interessante a ser explorado, pois segundo Burkhard Kieker, CEO do visitBerlin, a maioria das pessoas na Europa não imagina que também existe muita riqueza no Brasil. Mas ele acredita que a campanha também deverá atingir a classe média emergente. “Muitos jovens estudantes brasileiros visitam Berlim devido ao clima de novidade da cidade. Eles normalmente têm um orçamento apertado e aproveitam muito graças aos baixos preços”.
No ano de 2010, cerca de 42 mil brasileiros visitaram Berlim – um aumento de 51,4% em comparação a 2009 – e o número de pernoites chegou a 130 mil, também com crescimento de 51% em relação ao ano anterior.
Em Viena, o número de chegadas da América Central e do Sul, em 2010, foi de 63,1 mil, um acréscimo de 24% em relação a 2009. Segundo o CEO da Turismo em Viena, Norbert Kettner, após a Copa de 2006, na Alemanha, os voos diretos do Brasil para Viena e Berlim aumentaram consideravelmente.
Para Kieker, as duas cidades são complementares. Em Berlim é possível conhecer uma cidade ultra-moderna, escolhida por jovens artistas, por exemplo, para começar suas carreiras. Enquanto isso, Viena ainda mantém toda a sua tradição, com monumentos históricos e sua famosa música clássica, não deixando de ter uma população jovem e moderna em busca de relaxamento na cidade mais habitável do mundo – título concedido pela consultoria internacional Mercer.
O representante da visitBerlin acredita que a campanha deverá render bons resultados em pouco tempo. “Os negócios no Brasil são muito rápidos”, afirma. “Após seis meses do lançamento de uma campanha de marketing já é possível ver resultados consistentes no número de brasileiros em Berlim. Isso é muito diferente de outros países como a China, por exemplo, que demanda anos de trabalho para se obter saldos”.
