O Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo (CCBB-SP) apresenta, neste sábado (25), a exposição “Visões na Coleção Ludwig” que reúne parte do acervo particular do empresário alemão Peter Ludwig. Trata-se de 70 obras, das quais estão representados ícones das artes visuais como Pablo Picasso, Andy Warhol, Robert Rauschenberg, Roy Lichtenstein, Jeff Koons, Jean-Michel Basquiat, Joseph Beuys, Gerhardt Richter, Anselm Kiefer, George Baselitz, entre outros.
As obras, que vão ocupar todos os cinco pavimentos do CCBB-SP, são da coleção particular de Ludwig, considerado um dos patronos das artes em seu país, e tem curadoria dos russos Evgenia Petrova e Joseph Kiblitsky (ambos representantes do Museu Russo de São Petesburgo) e da cubana Ania Rodríguez.
“Ao centrar na Coleção Ludwig, a exposição joga luz na figura do colecionador como um agente que intervém na produção cultural, ressaltando assim a sua importância. Pioneiro e com um olhar sempre atento à produção contemporânea, Peter Ludwig foi o primeiro colecionador alemão a visualizar o potencial da pop art e ficou famoso por comprar trabalhos de Roy Lichtenstein e Jasper Johns, que atualmente alcançam valores expressivos por conta da sua relevância artística”, explica Joseph Kiblitsky.
Ania Rodríguez ressalta que “por meio dos trabalhos expostos, os visitantes poderão mapear as coordenadas geográficas das viagens que o colecionador fazia por várias partes do mundo em busca de obras de arte, bem como refletir sobre os contextos estéticos que em muitas ocasiões marcaram suas épocas dentro da história da arte”.
Para a abertura, o CCBB-SP realizará uma “virada”, abrindo às 11h do sábado (25), recebendo visitantes até às 21h de domingo. A exposição ficará em São Paulo até o dia o dia 7 de abril, seguindo para o CCBB RJ a partir de maio e o CCBB BH no final de agosto.
Peter Ludwig (1925-1996)
Estudou história da arte, arqueologia, história e filosofia em Mainz (Alemanha). Em 1951, casou-se com Irene Monheim (filha de um dos alemães mais importantes na indústria do chocolate), com quem compartilhava o interesse pelas artes. Na mesma época tornou-se diretor na empresa Monheim Schokolade, ao mesmo tempo em que começou a se dedicar à sua coleção de arte ao lado da esposa.
Tornou-se um nome importante no cenário das artes quando passou a adquirir obras que faziam parte do movimento conhecido como pop art. É tido como o primeiro colecionador na Europa a reconhecer o valor da pop art americana, ressaltando desta maneira o seu olhar visionário e pioneiro. Atualmente, suas coleções (que contabilizam aproximadamente 20 mil peças) estão distribuídas em museus na Alemanha, Suíça, Hungria, Rússia, Áustria e China.