O Festival Internacional de Ópera das Américas, inédito no Brasil, faz um tour por várias cidades do interior de São Paulo até o dia 28 de julho. O evento conta com a apresentação das óperas Les Contes d’Hoffmann (Os contos de Hoffman), baseada em três contos do escritor alemão E.T.A Hoffman, e mais duas muito festejadas: La Cenerentola, de Gioachino Rossini, e A Viúva Alegre, de Franz Lehár. “Os Contos de Hoffman”, que acontece nesta segunda-feira (22), no Memorial da América Latina, é a única apresentação programada para a capital paulista.
A obra em três atos de Jacques Offenbach tem como cenário uma cervejaria alemã, em Nuremberg. O lugar está quase vazio: na penumbra fantasmagórica do ambiente, Hoffmann desabafa suas frustrações amorosas com os amigos. O poeta, músico e filósofo se diz vítima de um espírito maligno e, por isso, não consegue encontrar o verdadeiro amor. Essa é a temática de “Os Contos de Hoffmann”, em que cada ato fala de um amor perdido.
O texto da opereta foi escrita pelo francês Jules Barbier, baseado em contos do próprio Hoffmann, escritor alemão de horror e fantasia do período romântico. Na ficção elaborada por Offenbach, ele constrói uma instigante fábula psicológica, entremeada de mistérios e alucinações ao longo de 2h30 de encenação.
A performance é realçada pela famosa barcarola Belle Nuit, ô nuit d’amour (regência do maestro Michael Borowitz), que virou trilha musical de consagradas peças teatrais e de cinema, como Titanic e A Vida é Bela. A direção cênica é de William Florescu, com elenco e músicos dos Estados Unidos, Canadá, Bahamas, México e Brasil.
Autor de óperas ligeiras que foram sucesso de público no Teatro Cômico de Paris, Hoffenbach, considerado o “Lizt do Violoncelo” da segunda metade do século 19, não chegou a ver no palco sua obra-prima: morreu um ano antes da estreia de Os Contos de Hoffman.
Mais informações sobre o Festival de Ópera você encontra no site http://www.memorial.org.br/