O Museu de Arte de São Paulo (MASP) traz para a capital paulista uma exposição com a série completa das obras gráficas de Sigmar Polke, artista considerado uma das mais significativas forças criativas da Europa no pós-Guerra. A mostra entrará em cartaz no dia 28 de outubro e ficará até 29 de janeiro de 2012, com apoio do Deutsche Bank e da Mercedes-Benz.
A exposição “Sigmar Polke – Realismo Capitalista e outras histórias ilustradas” traz mais de 220 estampas e objetos cedidos pelo colecionador Axel Ciesielski, produzidas entre 1963 e 2009, além das 25 obras em técnica mista (gravura, desenho, colagem) da série Day by Day, concebida por Polke para a Bienal Internacional de Arte de São Paulo em 1975 e cedidas à mostra por uma coleção privada. Na época apresentada em cadernos, o MASP trará agora os originais, inéditos no Brasil.
A curadoria é de Tereza Arruda, com colaboração de Teixeira Coelho.
Sobre Sigmar Polke
Polke nasceu em 1941 na Alemanha, em uma região que hoje é compartilhada pela Polônia, República Tcheca e Alemanha. Aos 12 anos mudou-se com a família para a então Alemanha Ocidental e aos 20 foi aceito para Academia de Artes de Düsseldorf.
Em 1963 ganhou visibilidade ao organizar, junto dos colegas de classe Gerhard Ritcher e Konrad Fische, a performance Realismo Capitalista, que depois virou um movimento, assim batizado para satirizar o Realismo Socialista, doutrina estética e artística oficial da União Soviética, bem como criticar a doutrina da arte guiada pelo consumo no capitalismo ocidental.
Nos anos 70, sua obra concentrou-se principalmente na produção e manipulação fotográfica, fruto de inúmeras viagens pelo mundo.
Em 1986, Polke ganhou o Leão de Ouro na Bienal de Veneza pela instalação Athanor, com uma tinta por ele desenvolvida à base de pigmentos que reagiam à luz e umidade do local, mudando de cor. O prêmio consolidou seu nome como um dos mais importantes da arte alemã, ao lado de Richter, Joseph Beuys, Georg Baselitz e Anselm Kiefer.
Sigmar Polke morreu em junho de 2010, aos 69 anos. A exposição em São Paulo será a primeira internacional depois da morte do artista.