A DHL Global Forwarding, divisão do Grupo Deutsche Post DHL especializada em fretes aéreos, marítimos e rodoviários, lança no Brasil o serviço de transporte via balsas oceânicas. A modalidade é especialmente indicada para cargas ultrapesadas (acima de 40 toneladas) ou com grandes dimensões e abrange toda a costa brasileira, se estendendo também às bacias hidrográficas internas. A empresa oferece uma rota fixa entre os portos do Rio de Janeiro e Vitória, mas o modal pode ser aplicado a outras rotas por projeto, conforme a demanda do cliente.
O diretor de Projetos Industriais, Claudio Ramos, explica que “a DHL está sempre em busca de alternativas para tornar mais seguras e eficientes as cadeias produtivas de nossos clientes. A balsa, mais comum no transporte de passageiros, ainda é pouco utilizada no transporte de carga, mas é uma alternativa interessante frente às condições do mercado logístico brasileiro, caracterizado por grandes distâncias, geografia variada e infraestrutura rodoviária insuficiente”.
As balsas oceânicas são aplicadas principalmente no transporte de equipamentos, componentes e estruturas dos mercados de óleo e gás, energia elétrica, metalurgia e mineração. Geradores, bobinas e carretéis são exemplos de itens já transportados. Outra carga com grande potencial são as pás e torres de energia eólica. Em geral, um caminhão pode carregar apenas uma pá eólica, enquanto uma balsa carrega até 32 unidades. Sua utilização em mercados ainda mais diversos, como eletroeletrônicos e de consumo, torna-se uma opção viável em caso de grandes consolidações.
Além do embarque em si, o serviço abrange aspectos consultivos como os estudos de engenharia voltados ao planejamento do transporte com detalhamento das capacidades dos portos, análise de calados, desenhos técnicos e procedimentos de carregamento e descarga, bem como a supervisão das operações. Em alguns processos, também provê o cábrea (espécie de guindaste flutuante) para descarga em portos que não possuem estrutura apropriada.
“Para grandes volumes, as balsas oceânicas oferecem um custo muito competitivo, além de oferecer segurança e a flexibilidade de poder aportar em qualquer porto e navegar em rios. Com isso, esse transporte pode ser até mais rápido, analisando o projeto como um todo. Tanto devido ao grande volume transportado, quanto pelo fato de poder chegar mais perto do destino final, uma vez que a cabotagem tem algumas restrições de desembarque”, ressalta Claudio Ramos.
Ademais, considera-se que as balsas oceânicas emitem menos gases que provocam o efeito estufa dos que os modais rodoviário e ferroviário. Logo, considerá-lo no desenho das cadeias de suprimentos pode ajudar as empresas a cumprirem suas metas de redução de impacto ambiental.
Foto: Divulgação DHL