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Sustentabilidade Destaque
17 de julho de 2025

Plano Safra reduz recursos para transição energética com energia solar e sistemas de armazenamento, alerta ABSOLAR

Por Redação Brasil-Alemanha News

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Foto: divulgação ABSOLAR

Diante do recorrente aumento da taxa Selic, a nova edição do Plano Safra 2025-2026, divulgado recentemente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que prevê um montante recorde de R$ 516,2 bilhões para investimentos em projetos no agronegócio, traz um encarecimento no crédito para a sustentabilidade na produção agropecuária, com maiores taxas de financiamento, mesmo com ampliação de recursos em algumas opções de linhas.

Nesta edição, as taxas de juros variam de 8,5% a 14%, a depender da linha de crédito selecionada, enquanto, no exercício anterior, a variação era entre 7% e 12%. A avaliação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Segundo a entidade, o ponto de atenção do novo plano está na redução em 5,4% nos recursos que poderiam ser utilizados em projetos com energia solar e sistemas de armazenamento.

A linha de crédito do RenovAgro também foi impactada pela alta de Selic com aumento de 1,5 ponto percentual na taxa de juros, passando para 10% nesta edição. Este cenário encarece os custos para a realização da transição energética no campo e a obtenção de produtos agrícolas brasileiros mais baratos.

Atualmente, os sistemas fotovoltaicos no agronegócio possuem 5,4 gigawatts de potência instalada, que representam mais de 13% de toda a capacidade utilizada na geração própria solar pelos consumidores residenciais, rurais, comerciais, industriais e públicos, segundo mapeamento da ABSOLAR. Hoje, são mais de 305 mil propriedades rurais abastecidas pela tecnologia fotovoltaica no Brasil.

“O Plano Safra é cada vez mais estratégico para financiar a transição energética do agronegócio. Por isso, nos preocupa o encarecimento do crédito para uso da energia solar e armazenamento energético, ainda mais em ano de COP 30 em nosso País,”, diz o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk.

“A sinergia entre o agro, a solar fotovoltaica e os sistemas de armazenamento é imensa, com diversas aplicações na produção rural. As tecnologias são extremamente versáteis e podem ser utilizadas, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades”, explica Koloszuk.

Para Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, a tecnologia fotovoltaica reduz os custos com eletricidade, aumenta a segurança elétrica, protege o consumidor contra os aumentos das tarifas de eletricidade e aumenta a oferta de energia elétrica na propriedade rural. “Além da energia solar, outras tecnologias sustentáveis como o armazenamento por baterias se tornam cada vez mais relevantes para produtores rurais de todos o portes e perfis. Por isso, é importante que o plano safra abarque essa tecnologia em suas linhas de crédito”, conclui.

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