10 de dezembro de 2025 Nenhuma imagem disponível na galeria.
Os investimentos em inteligência artificial e tecnologias emergentes estão em alta no setor automotivo. É o que mostra a 25ª edição da “Pesquisa Global Anual com Executivos do Setor Automotivo”, da KPMG. De acordo com o levantamento, 87% dos executivos entrevistados afirmaram estar investindo fortemente nestas tecnologias.
Para 17% deles, o modelo de negócios, produtos e operações das empresas que eles lideram serão fortemente transformados nos próximos três anos.
O relatório destacou ainda um paradoxo enfrentado pelos executivos: enquanto 73% deles acreditam que novos integrantes no mercado irão substituir os fabricantes tradicionais até 2030, 70% afirmam que as chamadas Fabricantes Originais de Equipamento podem recuperar o domínio do setor ao reconfigurar as estratégias utilizadas.
“A indústria automotiva está em um ponto de inflexão — e poucas empresas estão preparadas. Isso evidencia um imperativo crítico para todo o setor: a transformação deixou de ser opcional, e as empresas precisam abraçar ativamente a disrupção como alavanca para a reinvenção”, analisa o sócio da KPMG, Ricardo Roa.
Um dos principais objetivos da pesquisa é entender como as empresas do setor estão se adaptando às transformações tecnológicas, geopolíticas e regulatórias, além de mapear as estratégias mais eficazes na próxima década. Alianças, foco no cliente e cadeia de suprimentos são os três pontos mais relevantes que apareceram nesse mapeamento.
Entre os executivos ouvidos, 90% disseram que parcerias estratégicas já contribuíram ou serão importantes para o crescimento dos negócios. Além disso, 27% consideram que a satisfação do cliente é fundamental para a lucratividade de longo prazo. Por último, 73% dos entrevistados afirmaram que estão reestruturando ativamente as cadeias de suprimentos, priorizando modelos regionais ou de produção local para consumo local.
“Conflitos geopolíticos, mudanças nos ambientes regulatórios, vulnerabilidades nas cadeias de suprimentos e avanços tecnológicos acelerados estão criando um mercado automotivo imprevisível e fragmentado. Além disso, com a mudança das preferências dos consumidores em direção à eletrificação e à digitalização, as montadoras enfrentam uma pressão crescente para inovar em uma velocidade e escala que desafiam as formas tradicionais de operação”, completou Roa.
A pesquisa da KPMG revelou ainda cinco imperativos que dominarão a próxima década: redefinição do que escala e tem valor para o negócio; gerenciamento e controle da estratégia digital; desenvolvimento de um mecanismo de relacionamento com o cliente em tempo real e orientado por dados; implementação de estratégia de resiliência regional; e estruturação do ecossistema antes que as concorrentes o façam.
