O governo federal da Alemanha anunciou que fechará todas as usinas nucleares ainda ativas no país até 2022. A decisão foi oficializada na manhã desta segunda-feira (30), após reunião da comissão de ética criada pela chanceler Angela Merkel em março para analisar a situação da energia nuclear no país.
Protestos por toda a Alemanha fizeram com que Merkel decretasse o encerramento temporário das atividades dos três reatores mais antigos (Biblis A, AKW Neckarwestheim I e Isar 1) após o desastre nuclear no Japão, em março. De acordo com o Ministro alemão do Meio Ambiente, Norbert Röttgen, as três usinas não voltarão a funcionar e as outras nove serão desativadas gradativamente nos próximos 11 anos – seis até 2021 e três um ano depois.
A energia atômica responde por 23% da matriz energética da Alemanha. Primeira potência industrial a renunciar à energia atômica, o país terá agora uma década para encontrar maneiras de substituir a eletricidade gerada hoje pelas usinas nucleares. Röttgen afirma que a decisão é definitiva. “Não haverá cláusula para revisão”, garante.
Investimentos
Visando ampliar o uso de fontes renováveis na matriz energética da Alemanha, os Ministérios de Economia, Meio Ambiente e Educação do país lançaram, esse mês, um programa de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento de redes inteligentes de armazenamento e distribuição de eletricidade. Até 2014, as pastas disponibilizarão, em conjunto, € 200 milhões para subsidiar projetos na área.
O investimento tem como principal meta otimizar a infraestrutura do país para comportar o aumento gradual da participação de energias renováveis na matriz energética.
