O governo da Alemanha aprovou uma estratégia nacional de pesquisa denominada “Bioeconomia 2030 – O nosso caminho para uma economia de base biológica”, com o objetivo de incentivar uma mudança estrutural voltada o uso sustentável dos recursos biológicos, tais como plantas, animais e microorganismos.
Segundo Thomas Rachel, Secretário do Ministério da Educação e Pesquisa (BMBF), e Dr. Robert Kloos, Secretário para Assuntos Econômicos do Ministério da Agricultura (BMELV), “com a estratégia, a Alemanha também assume responsabilidade internacional no que diz respeito à produção mundial de alimentos, matérias-primas e energia de biomassa, e à proteção do clima e do meio ambiente”.
Nos próximos seis anos, mais de mais de € 2 bilhões serão disponibilizados pelo Governo Federal para trabalhos ligados à bioeconomia. Segundo o Secretário do BMBF, a primeira medida a ser implementada envolverá biotecnologia industrial e a cooperação entre economia e ciência. O Ministério investirá até € 100 milhões em projetos do tipo, já que a biotecnologia industrial é considerada uma importante força motriz para a bioeconomia.
Nela, os processos convencionais de produção de substâncias químicas são substituídos pelo uso de microorganismos ou enzimas. Além de ser menos nociva, a biotecnologia pode até mesmo gerar produtos completamente novos. Biopolímeros (como um substituto para o plástico), produtos químicos, detergentes e enzimas biodegradáveis são apenas alguns dos exemplos.
A bioeconomia abrange atividades variadas, como agricultura, silvicultura, fruticultura, pesca e aquicultura, o melhoramento de plantas, passando pelas indústrias de alimentos e bebidas, madeira, papel, couro, têxtil, até as companhias químicas, farmacêuticas e de produção de energia.