A Alemanha está se preparando para uma verdadeira revolução no sistema energético, que deve mudar completamente a geração de eletricidade nos próximos 40 anos. Para financiar essa transição, o governo do país tem investido em pesquisa e financiamento. O objetivo é reduzir a dependência de combustíveis fósseis, como o petróleo, e colocar as empresas alemãs em uma posição de liderança no mercado internacional de tecnologias verdes.
No caminho para alcançar essas mudanças, 2011 foi um ano positivo para as energias renováveis. A participação das energias limpas no consumo do país chegou a 20% no ano passado, quase triplicando na comparação com o ano 2000. A energia fotovoltaica atingiu um novo recorde: os sistemas solares produziram mais de 18 bilhões de kWh (quilowatt-hora) de eletrecidade, 60% a mais do que em 2010, conforme a Associação Alemã de Economia Solar (BSW-Solar, sigla em alemão).
A expansão de parques eólicos offshore também tem sido uma grande aposta da Alemanha. Um programa do banco de fomento público KFW disponibiliza € 5 bilhões para financiar esse tipo de projeto. A meta do governo alemão é instalar 25.000 MW de capacidade até 2030.
Outro elemento chave para alcançar a meta de revolução energética do governo alemão é a renovação de edifícios, responsáveis por 40% do consumo de energia e um terço das emissões de gás carbônico. Tornando-os mais eficientes, é possível melhorar a captação de luz e água, com mais conforto térmico e menor perda de calor. Uma campanha pela modernização de prédios e casas já está em andamento no país, com recursos de €1,5 bilhão do Governo Federal, válidos de 2012 até 2014.